Internacional
Presidente do Senado francês se opõe a incluir o aborto na Constituição
Governo de Macron propôs introduzir "liberdade garantida às mulheres de recorrer" ao procedimento, na Carta Magna
O presidente do Senado francês, o conservador Gérard Larcher, opôs-se nesta terça-feira, à inscrição do aborto na Constituição, quando o Parlamento já iniciou o trâmite para adotar esta medida excepcional.
Leia mais: Ao menos 20 pessoas morrem após terremoto de magnitude 7 atingir fronteira entre China e Quirguistão
'Pirâmide submersa no Japão e o povoado mais pecaminoso': mapa mostra cidades perdidas ao redor do mundo
O governo do presidente Emmanuel Macron propôs introduzir na Carta Magna a "liberdade garantida às mulheres de recorrer" ao aborto, em um contexto de retrocessos no mundo, como nos Estados Unidos.
— A interrupção voluntária da gravidez não está ameaçada em nosso país. Se estivesse ameaçada, acreditem em mim, eu lutaria para que fosse mantida. Mas eu acho que a Constituição não é um catálogo de direitos sociais — disse o presidente do Senado (Câmara alta) à rádio Franceinfo.
A Assembleia (Câmara baixa) deve votar a proposta nesta quarta-feira, antes de ser encaminhada ao Senado. Se aprovada nos mesmos termos, um Congresso extraordinário de ambas as câmaras deverá dar a aprovação final em março, em Versalhes.
Embora em novembro de 2022 os deputados tenham defendido a inclusão do aborto como um "direito", os senadores optaram meses depois por fazê-lo como uma "liberdade". Macron acabou por optar pela noção de "liberdade garantida" para cumprir sua promessa.
No entanto, isto não convence alguns senadores do partido de oposição de direita, Os Republicanos (LR, sigla em francês), ao qual Larcher pertence e tem a maioria na Câmara alta, junto com seus aliados de centro.
No domingo, entre 6 mil e 15 mil pessoas se manifestaram em Paris para rejeitar a inscrição do aborto na Constituição. Segundo os últimos números oficiais, a França realizou 234.300 abortos em 2022.
— Um projeto indecente, inútil e perigoso — disse o presidente da Marcha pela Vida, Nicolas Tardy-Joubert.
Mais lidas
-
1DESRESPEITO ÀS LEIS
Prefeitura de Palmeira desafia DNIT e prossegue com obra irregular na BR-316 após embargo
-
2DECLARAÇÃO
Aldo Rebelo critica Guilherme Boulos e relembra movimento contra a Copa de 2014
-
3AMBIÇÃO
Prefeito Júlio Cezar inicia "passaralho" na Prefeitura de Palmeira dos Índios em busca de apoio para sua candidatura a deputado em 2026
-
4AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União pedem intervenção no Hospital Veredas
-
5BLOG DA REDAÇÃO
TBT de quinta-feira: Memórias descontroladas de um passado nada discreto