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Do sistema imunológico à digestão: os benefícios para a saúde de 7 tipos de alga marinha
Alimentos viralizaram por suas propriedades nutricionais e sabor próprio da cozinha asiática

As algas marinhas, apelidadas de "vegetais do mar", não só servem como alimento, mas também são usadas como remédio e em tratamentos de beleza. Yael Hasbani, certificada em Saúde e Nutrição Holística, explica que, de origem vegetal e natural, as algas fornecem uma variedade de qualidades nutritivas benéficas para a saúde.
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O que são algas marinhas comestíveis?
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), as algas marinhas são consideradas alimentos saudáveis, nutritivos e com baixo teor calórico. Em um relatório, eles destacam que, em um contexto onde os problemas ambientais aumentam, as algas "são uma das várias opções sustentáveis que podem contribuir para a segurança alimentar global".
Desde tempos antigos, elas fazem parte da tradição culinária das sociedades asiáticas, que as consomem regularmente. Atualmente, China e Japão são os principais produtores e consumidores. Estima-se que, diariamente, seus cidadãos consumam entre oito e dez gramas de algas.
Nos países ocidentais, as algas marinhas começaram a ser incorporadas como alimento nas últimas décadas, devido à curiosidade pela nutrição saudável. No entanto, o uso era limitado, destinado à indústria farmacêutica e cosmética para extrair hidrocoloides, compostos que conferem forma e textura a diferentes produtos.
Como consumir?
As algas são consideradas versáteis devido às suas múltiplas formas de preparo e consumo. A nutricionista Estela Mazzei explica que podem ser encontradas frescas (semelhantes à alface), em pó ou secas em folhas, que seriam ideais para saltear, assar, ferver, combinar em diversos pratos, preparações ou em formato de chips para lanches.
— A forma de consumo mais conhecida é no sushi. A alga nori envolve o arroz e mantém sua forma. No entanto, existem infinitas opções para ingeri-las. Além de todos os nutrientes, as algas conferem um sabor especial à comida — opina.
Quais são os benefícios?
O alimento se destaca como uma grande promessa nutricional. Para Hasbani, o que o torna especial é ser uma fonte de minerais, como iodo (importante para a síntese de hormônios da glândula tireoide), cálcio (para estrutura óssea e dentária), ferro (transporte de oxigênio e fortalecimento do sistema imunológico), fósforo (contrações musculares e sinalizações nervosas) e potássio (essencial para a saúde cardiovascular e regulação da pressão arterial).
Além disso, a especialista destaca que as algas marinhas têm vitaminas do grupo A, C (somente se consumida crua), B1 e B12, que contribuem para a saúde dos tecidos ósseos, pele, vasos sanguíneos e fornecem energia.
— Além de proporcionar saciedade, elas regulam o sistema digestivo e geram aminoácidos essenciais que estruturam o organismo e evitam inflamações — complementa Estela Mazzei.
De acordo com o National Institutes of Health (NIH), as algas protegem o sistema imunológico e o aparelho digestivo e, assim, previnem doenças crônicas e autoimunes como diabetes, câncer e hipertensão.
Embora seu consumo seja altamente recomendado, Hasbani menciona que certos grupos populacionais devem evitá-las ou moderar sua ingestão, como "pessoas com hipertireoidismo, hipertensão, problemas cardíacos e mulheres grávidas ou em fase de amamentação".
— O possível excesso de iodo que contêm pode ser prejudicial para aqueles que têm disfunções na tireoide ou patologias crônicas — explica a especialista.
Por não é possível controlar ou garantir a quantidade desses componentes, não é recomendado que as algas sejam consumidas diariamente.
Tipos de algas marinhas comestíveis
A nutricionista Estela Mazzei explica que existem dois tipos de algas: as que vêm do mar (kombu, hijiki, wakame, nori e agar-agar) e as de água doce (spirulina e chlorella). Segundo ela, a diferença entre elas está na quantidade de nutrientes que cada uma contém e na cor, que pode ser azul, marrom e vermelha, dependendo da profundidade em que estão.
Algumas das propriedades das algas marinhas são:
Kombu: uma das algas com maior teor de iodo e o consumo deve ser moderado. É recomendada para fortalecer o sistema imunológico, combater e prevenir o cansaço. Também sugere adicioná-la à água de cozimento de leguminosas e arroz para facilitar a digestão;
Wakame: é ideal para incluir em saladas, sopas e misturar com legumes. Seus benefícios incidem sobre o sistema circulatório, já que ajuda a remover toxinas do sangue. Além disso, favorece o bom funcionamento do aparelho digestivo.
Nori: com textura macia, é conhecida como a alga para fazer sushi. É excelente para tratar problemas de pele, reduzir o colesterol e favorecer a eliminação de depósitos gordurosos.
Agar-agar: geralmente usado na culinária para gelificar alimentos, devido ao seu poder de absorver água. Por ser rico em fibras, é aliado no tratamento de problemas intestinais.
Hijiki: é uma alga de textura macia, semelhante à nori, rica em fibras e minerais. No entanto, não é recomendado o consumo, pois geralmente contém arsênio inorgânico, substâncias químicas liberadas por indústrias e que às vezes se depositam no mar.
Spirulina: é uma das algas de menor tamanho e azulada. Caracteriza-se por fornecer uma grande quantidade de proteínas, superando até mesmo a quantidade encontrada em ovos, peixe ou carne. Também fornece vitaminas, cálcio e fósforo. Costuma ser usada como suplemento ou em pó para misturar em infusões ou alimentos.
Chlorella: assim como a spirulina, fornece uma grande quantidade de proteínas e é uma fonte importante de vitamina B12. É uma das algas com maior concentração de clorofila, uma substância que promove o processo de fotossíntese e atua como antioxidante no organismo humano.
Antes de consumi-las, Yael Hasbani recomenda enxaguá-las bem para remover o excesso de sódio. Em seguida, as algas devem ser hidratadas de meia ou uma hora.
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