Internacional
Quadrilha que traficava órgãos é desarticulada no Paquistão; mais de 300 rins foram vendidos a US$ 120 mil cada
Oito homens foram presos, entre eles o líder da gangue, Fawad Mukhtar, e seu assistente, um mecânico não identificado responsável por anestesiar a vítima
A polícia do Paquistão informou nesta segunda-feira que desarticulou uma quadrilha de tráfico ilegal de órgãos que operava no nordeste do país. Oito pessoas foram presas, entre elas, o suposto líder da organização criminosa Fawad Mukhtar — acusado de remover cirurgicamente rins de mais de 300 pacientes para vendê-los e que já foi preso cinco vezes por negligência — e um mecânico, que não foi identificado, responsável por aplicar anestesia nas vítimas.
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O rastro dos criminosos começou a ser seguido há cerca de dois meses, quando um homem procurou a polícia após ter ido ao hospital e ter descoberto lhe faltava um rim. O sumiço teria ocorrido após a vítima ter sido convencida por um dos homens da gangue a receber um tratamento médico privado.
Segundo o ministro-chefe da província paquistanesa Punjab, Mohsin Naqvi, citado pela CNN News, o grupo realizava as operações em casas particulares na região de Taxila, na cidade de Lahore e na Caxemira administrada pelo Paquistão, sendo nesta última, porque não “há nenhuma lei sobre transplante de rim”, o que tornava “mais fácil a realização das operações”, afirmou Naqvi.
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Mukhtar confessou ter conduzido 328 operações para remoção do rim e vendê-los por até US$ 120 mil cada. O líder do grupo já havia sido preso cinco vezes por negligência, mas acabou sendo solto em todas elas, informou a BBC News.
Algumas vítimas, o ministro-chefe disse, não sabiam que seu rim havia sido removido, como foi o caso do homem que foi até a polícia. Além disso, acredita-se que pelo menos três pessoas morreram em decorrência dessa cirurgia. Para Naviq, citado pelo jornal americano, esse número é provavelmente maior.
A polícia também prendeu o assistente de Mukhatar. O homem, que não teve a identidade revelada, exercia a profissão de mecânico e ficava responsável por anestesiar as vítimas para a operação. De acordo com a BBC, o mecânico era o responsável por atrair as vítimas dos hospitais.
Segundo as reportagens citadas, o Paquistão tornou o comércio de órgãos humanos uma prática ilegal em 2010, sob pena de até dez anos de prisão e uma multa de US$ 3,4 mil. Ainda segundo a CNN, antes da legislação, o país atraía paquistaneses e turistas ricos que procuravam pelo transplante, enquanto algumas pessoas vendiam seus rins para sobreviver.
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