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Interpretação em Libras torna ações da Semed na Bienal acessíveis a todos

No último final de semana, as portas do Centro de Convenções, em Jaraguá, se abriram para receber a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas e agora, após 9 edições do maior evento cultural do Estado, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) conseguiu levar para o espaço uma pauta muito importante - a acessibilidade.
A Educação de Maceió, que vem trabalhando para tornar possível que todos os alunos da rede municipal possam participar ativamente do evento, trouxe a interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para as palestras e mesas que estão acontecendo na Bienal.
O ensino bilíngue já faz parte da realidade do estudante maceioense. Quando o assunto é inclusão, a Semed conta com equipes especializadas para fomentar o ensino. E dando continuidade às atividades sobre o letramento racial, nessa quarta-feira (16), a Roda de Conversa ‘Sobre crianças e infâncias invisíveis’, conduzida pela coordenadora do instituto Raízes da África, Arísia Barros, contou com interpretação em Libras.
“Estamos aqui nessa palestra junto com Arísia Barros dando continuidade à temática que trata sobre a questão étnico-racial, nas comunidades quilombolas. Esta é a 10ª Bienal do Livro, mas é a primeira vez que está tendo a tradução da Língua Brasileira de Sinais (Libras), ofertada pela Secretaria Municipal de Educação”, explicou Ednilza Cabral, membro do Centro de Formação da Semed.
A intérprete da Semed, Lívia Pedrosa, pontuou que o momento é um marco para a história da Educação de Maceió e reforçou a importância da rede municipal no acolhimento dos alunos e professores surdos.
“Esta é a primeira vez que o surdo está sendo visto de outra forma. Dessa vez a Semed, tem a interpretação em todos os momentos para a comunidade surda. A Semed teve essa preocupação em toda a programação para receber nossos alunos e profissionais surdos. É muito importante ter esse espaço de fala, atuar com respeito e acessibilidade e mostrar que esses espaços estão sendo pensados para eles”, ressaltou a intérprete.
Ainda durante o evento, Arísia Barros comentou sobre a importância de trazer o olhar da criança para as discussões sobre o letramento racial. A Roda de Conversa levou para a Sala Ponta Verde, cinco crianças pretas, de religiões de matriz africana, para falar sobre os impasses vividos em suas infâncias.
“O Instituto Raízes da África veio dar voz às crianças que geralmente não são ouvidas. A gente não aprendeu a ouvir as crianças. Nós fizemos essa mesa, especialíssima, com crianças das periferias e quilombolas para que elas pudessem falar, discutir e partilhar seus saberes. Por isso é preciso criar espaços estratégicos para ouvir as crianças e a partir daí começar a pensar em políticas públicas a partir do olhar delas”, concluiu a coordenadora.
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