Economia
Fed, banco central americano, deve voltar a elevar juros nesta quarta-feira
Taxas podem ir ao intervalo entre 5,25% e 5,5%, maior patamar desde 2001. Expectativa do mercado é saber se esta será a última elevação do ciclo

O Federal Reserve, banco central americano, deve voltar a elevar os juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira. A atenção dos investidores irá para o comunicado da autoridade monetária e as falas de seu presidente, Jerome Powell, na tentativa de buscar sinalizações sobre os próximos passos do ciclo de aperto.
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Caso a elevação se concretize, as taxas irão para o intervalo entre 5,25% e 5,5%, maior patamar desde 2001. Será o 11º aumento em quase um ano e meio.
Após manter as taxas inalteradas no mês passado, os dirigentes do banco já haviam sinalizado para a possibilidade de novas elevações.
Combate à inflação
O objetivo da alta dos juros é combater a inflação elevada no país. Os últimos indicadores de inflação vêm apresentando desaceleração, contudo determinados setores da economia americana, como o de serviços, seguem apresentando aumento nos preços. A alta nos preços de novas casas também tem sido observada pelos membros do BC.
O índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE) subiu 3,8% em maio em relação ao ano anterior.
O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de alimentos e energia, avançou 4,6% também na base anual.
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Apesar da desaceleração, os números seguem distantes da meta de 2% do Fed. Além disso, a atividade econômica não tem demonstrado forte desaceleração, mesmo com as altas de juros já realizadas.
O mercado de trabalho, outra variável observada pela autoridade monetária, manteve-se forte, com a taxa de desemprego chegando a 3,6% em junho, patamar considerado ainda baixo.
Atenção ao tom
Dessa forma, os agentes devem buscar sinalizações sobre os próximos passos do processo de aperto monetário no comunicado do banco e nas declarações de Powell.
As projeções econômicas divulgadas pelo Fed na última reunião indicavam a possibilidade de até duas altas de juros até o fim do ano.
— Os dados de inflação relativos ao mês de junho vieram bem positivos. Isso dá espaço para o Fed ser menos duro em seu comunicado e sinalizar que vai continuar olhando o ambiente. Há uma chance dele adotar um tom mais tranquilo, de que a política monetária está cumprindo o seu papel — destaca o analista da Empiricus Research, João Piccioni.
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Em relatório, analistas do Deustche Bank avaliam que o Fed deve promover o último aumento das taxas nesta quarta-feira. O banco espera apenas alterações mínimas no comunicado e ressalta que a comunicação de dependência dos próximos dados econômicos será reforçada.
“É provável que Powell enfatize que são necessárias mais evidências para ter confiança de que a inflação será domada”, destacam.
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