Alagoas

Ronaldo Medeiros volta a criticar posicionamento da Braskem sobre indenização de imóveis

06/05/2021
Ronaldo Medeiros volta a criticar posicionamento da Braskem sobre indenização de imóveis

Foto: Assessoria

A situação dos moradores dos bairros atingidos pela mineração da Braskem voltou a ser discutida no plenário da Casa durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 6. O assunto foi tema do pronunciamento do deputado Ronaldo Medeiros (MDB), que criticou a postura da empresa sobre as indenizações de imóveis, principalmente dos prédios comerciais e centros empresariais comprometidos pelos impactos do afundamento do solo na região dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. “A Braskem continua numa política de humilhar as pessoas que saíram de suas casas. A mineradora, depois de um longo tempo de espera, oferece valores ínfimos, muito abaixo do valor do imóvel”, criticou Medeiros.

De acordo com o parlamentar, agindo dessa forma, a Braskem agride e falta com respeito para com as pessoas já tão sofridas diante do problema. “Quando o proprietário não aceita a proposta e pede uma reavaliação (do valor do imóvel), recebe uma carta e tem que aguardar por muito mais tempo. Forçando, com isso, que as pessoas aceitem o que a  Braskem quer pagar”, destacou Ronaldo Medeiros. “Pessoas que tinham escritórios jurídicos, estabelecimentos comerciais na região, estão passando por dificuldades nesse momento, são tratadas com desdém, com um descaso muito grande”, lamentou o deputado, informando que está levando as denúncias dos moradores e avaliações de técnicos para serem investigadas pelo Ministérios Públicos Estadual e Federal.

“Vírus Chinês”

Durante o pronunciamento, o deputado Ronaldo Medeiros criticou também a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, que em conversa com seus apoiadores, ontem em Brasília, voltou a insinuar que o coronavírus teria sido criado na China. “Ele voltou a especular que esse vírus faz parte de uma guerra química e bacteriológica”, criticou o parlamentar, lembrando, em seguida, que o Brasil depende da China, detentora do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para o fabricação de vacinas, além de ser um dos nossos maiores parceiros comerciais.