Economia

BC tem perda de R$ 12,453 bi com swap cambial em agosto até dia 14

19/08/2020

Após lucro de R$ 16,283 bilhões com sua posição em swap cambial em julho, o Banco Central registrou resultado negativo de R$ 12,453 bilhões em agosto até o dia 14 com estes contratos pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve perdas de R$ 12,132 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC registrou ainda no período ganhos de R$ 64,749 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. Entram no cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou positivo em R$ 60,769 bilhões em agosto até o dia 14. Já o resultado das operações cambiais no período ficou no positivo em R$ 48,637 bilhões.

No acumulado de 2020 até 14 de agosto, o Banco Central registra resultado negativo de R$ 52,308 bilhões com os contratos de swap pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve perdas de R$ 56,346 bilhões. O BC obteve ganhos de R$ 572,438 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no acumulado do ano. Já o resultado líquido das reservas ficou positivo em R$ 516,084 bilhões e o resultado das operações cambiais no período foi positivo em R$ 459,738 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hedge ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Posição cambial líquida

A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 301,204 bilhões. O montante tem como referência o dia 14 de agosto. No fim de julho, essa posição estava em US$ 302,535 bilhões.

A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.

A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Autor: Fabrício de Castro
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