Política
WhatsApp em massa viola uso do aplicativo
A prática adotada por diversas empresas que atuaram nas campanhas eleitorais no Brasil, de espalhar mensagens em massa pelo aplicativo WhatsApp, viola as políticas da empresa. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que os candidatos declararam gastos, neste ano, de ao menos R$ 2,6 milhões pelo envio de “disparos” – ou seja, quando há uma grande quantidade de mensagens enviadas ao mesmo tempo.
Empresas que oferecem esse tipo de serviço geralmente usam mais de uma conta – em alguns casos, com números de celular de fora do Brasil – para replicar o número de mensagens enviadas, o que pode ser considerado spam. A prática não é considerada crime eleitoral, a não ser que a lista de números de celular usada tenha sido comprada.
Robôs
O número de disparos de mensagens contratadas por um só candidato, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chegou a um milhão, o que seria praticamente impossível sem o uso de algum tipo de robô. “Nenhum tipo de automatização é permitido”, disse um funcionário de engenharia e integridade da empresa.
O impacto desse tipo de serviço não é mencionado pela companhia. Eles dizem que não conseguem mensurar a quantidade de vezes em que um mesmo conteúdo foi compartilhado ou se houve teor político no envio, pois não têm acesso ao conteúdo das mensagens.
“Já que não sabemos o conteúdo das mensagens, não conseguimos saber se elas estavam associadas a uma empresa de marketing. É impossível para nós dizer exatamente o número de mensagens que foram enviadas por essas empresas”, disse a vice-presidente de Políticas e Comunicação do WhatsApp, Victoria Grand. Empresas que praticam a irregularidade serão notificadas extrajudicialmente, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Luiz Fernando Toledo
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