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Macron e Netanyahu mostram visões divergentes sobre acordo nuclear com o Irã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da França, Emmanuel Macron, realizaram uma coletiva de imprensa conjunta nesta terça-feira, onde mantiveram opiniões opostas sobre o acordo nuclear internacional com o Irã, que restringiu o programa atômico do país persa. Para o líder israelense, o foco principal de seu país no momento atual é pensar em como expulsar as forças iranianas da Síria. Netanyahu também acusou Teerã de ter armas nucleares e disse que isso configura os iranianos como “a maior ameaça ao mundo”.
“O arquivo nuclear que descobrimos recentemente prova que o Irã mentiu ao mundo sobre o programa de armas nucleares. E acredito que agora é hora de aplicar a máxima pressão sobre Teerã e de nos certificarmos que o programa atômico não vá a lugar nenhum”, disse Netanyhu.
Macron, por sua vez, afirmou que a França continuará a trabalhar com o acordo existente, que considera a melhor maneira de controlar a atividade nuclear iraniana. O presidente francês disse, ainda, que não vê como a saída do pacto nuclear ajudaria a melhorar a estabilidade regional. “Como alguém pode pensar que uma total ausência de controles e compromissos é melhor do que a estrutura de 2015?”, questionou Macron.
Netanyhu foi um forte oponente do acordo nuclear e saudou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar Washington do pacto no mês passado. Alemanha, Reino Unido, França, Rússia e China, que também assinaram o pacto, disseram que desejam preservá-lo. Nesta terça-feira, o Irã informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) que aumentará sua capacidade de enriquecimento de urânio dentro dos limites estabelecidos pelo acordo de 2015. Fonte: Associated Press.
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