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Sobre um livro de Tobias Medeiros
Como o tempo passa e não volta mais, já estamos no mês de julho, quando nos meios católicos é lembrada a avó de Jesus Cristo, chamada Senhora Santana. Em Alagoas há dois municípios que têm o nome de Santana: Santana do Ipanema e Santana do Mandaú.
O objetivo deste artigo é destacar algo do livro: “A Freguesia da Ribeira do Panema”, de Tobias Medeiros, que é de Santana do Ipanema. Em primeiro lugar, transcrevo algumas considerações sobre o livro. Assim diz José Carlos Malta Marques, Procurador de Justiça: “Realizado graças à clarividência e capacidade do escritor e pesquisador que assina a obra”.
Por seu turno, assim se expressa o jornalista Antônio Machado. “Só um mestre da estirpe do Dr. Tobias Medeiros é capaz de realizar. Afirmo com segurança, porque li toda a obra escrita, com prestimoso cuidado, como a saborear cada capitulo”. O historiador Tadeu Rocha, quase cego, disse: “Ouvi ler todo o seu ”livro (…) Fiquei emocionado até as lagrimas”.
Já o Jornalista Djalma M. Carvalho escreveu: “Ninguém cantará sua terra com tanta beleza, como faz Tobias Medeiros”. Convém acrescentar que o livro tem o prefácio feito pelo então bispo de Palmeira dos Índios, Dom Fernando Iório Rodrigues. No início do prefácio assim escreveu Dom Fernando: “O livro é o resultado do pedido do Pe. Delorizano Marques …. nos 170 anos de fundação da comunidade paroquial (1836 – 2006)”.
Apresentemos algo de alguns sacerdotes que passaram por Santana do Ipanema, conforme o livro. Padre Francisco José Correia de Albuquerque. Doutorou-se em Direito Canônico. Após sua ordenação presbiteral foi nomeado coadjutor da Freguesia do Porto da Folha (hoje Traipu). Com alguns anos depois chegou a Santana do Ipanema.
Fez algumas profecias, conforme tradição oral. Uma delas é que o rio São Francisco ia secar. Também afirmou que chegaria o tempo de uma máquina correr pelas estradas carregando e matando gente.
Trata-se do automóvel. E outras coisas eram relatadas como verdadeiros milagres. Não se pode negar que era um santo homem. Em Santana do Ipanema foi inaugurado no governo Osmar Loureiro uma escola com o nome do missionário.
Outro sacerdote que esteve à frente da paróquia Santana foi o Padre Antônio Manoel Castilho Brandão (1879-1880). Posteriormente foi eleito bispo de Belém do Pará e por fim foi o primeiro Bispo de Alagoas.
Cônego Teotônio Ribeiro esteve em Santana de 1884 a 1888. Foi grande poliglota: dominava a língua portuguesa, bem como o Francês, Latim, Grego, Hebraico e Inglês. Depois de Santana foi Penedo, onde no antigo Barro Vermelho construiu a igreja de Santo Antônio.
Mons.
João Batista de Medeiros Wanderley, natural de Poço das Trincheiras, foi nomeado coadjutor de Santana do Ipanema, por pouco tempo, depois foi para a cidade de Penedo.
Cônego José Bulhões foi pároco em Santana do Ipanema de 1917 ate 1952. Criou Silvio, filho de Corisco (Cristino Gomes da Silva) e Dadá (Sérgia Ribeiro da Silva). Não está no livro de Tobias, mas a própria Dadá contava que no ataque ao bando de Corisco, Sérgia ficou caída no chão por causa de um tiro que sofreu na perna. Um soldado foi atirar nela, mas outro disse que deixasse pra lá.
O Padre Fernando Medeiros foi pré-pároco de Santana. Concluiu a reforma da Matriz. É bom lembrar o Padre Luiz Cirilo, o sacerdote que podia ser chamado o Padre-Sorriso. Além de vários que não foram citados por falta de espaço.
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