Santo Antônio, São João e São Pedro são celebrados em todo o Brasil. Contudo no Nordeste há mais vibrações nos festejos externos. Vamos lembrar alguns traços biográficos dos três Santos e algumas festas que ainda existem e talvez algumas que já ficaram no passado.

Santo Antônio inicialmente chamava-se Fernando de Bulhões Y Taveira de Azevedo. Nasceu em Lisboa e bem jovem ingressou na Ordem dos Cônegos Regulares e posteriormente passou para a Ordem dos Franciscanos, mudando o nome de Fernando para Antônio.

Ele pediu para pregar em Marrocos mas logo adoeceu e regressou a Portugal. O navio que conduzia Antônio foi açoitado por ventos furiosos e Antônio desembarcou na ilha de Sicília. Daí o sacerdote em tela foi até Assis para encontrar-se com São Francisco.
Era grande a fama de pregador e grande conhecedor da Bíblia. Faleceu em odor de santidade no dia 13 de junho 1231, em Pádua. Como nasceu em Lisboa e faleceu em Pádua ele é conhecido como Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pádua.

São João Batista, o precursor do Messias. Por inspiração divina recebeu o nome de João. O evangelista Lucas resume a infância de João desta forma: “O menino crescia ficando forte de espírito. João viveu no deserto, até o dia em que se manifestou a Israel” (Lucas 1,80).

João pregava e praticava o batismo de penitência. Eis por que é chamado de Batista.
E teve a oportunidade de batizar o próprio Cristo, ainda que declarasse ser indigno de desatar-lhe as sandálias. João morreu degolado e, antes disso, teve a coragem de dizer a Herodes que vivia com a cunhada chamada Herodíades que ele, Herodes, estava errado.

São Pedro nos evangelhos sinóticos vem sempre em primeiro lugar. Seu nome de família é Simão, mas Jesus mudou-lhe o nome, chamando-o Pedro. E disse-lhe. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Diz antiga tradição que Pedro retirou-se de Jerusalém e estabeleceu-se em Antioquia e esteve à frente da Igreja por sete anos. Depois de lá saiu em direção a Roma e ficou até morrer crucificado no governo de Nero. Há, conforme estudiosos, provas históricas de que Pedro foi sepultado onde está hoje a Basílica do Vaticano.

Conta-se ainda que Pedro desejou ser crucificado de cabeça para baixo, pois não seria digno de morrer como seu Mestre Jesus Cristo. Eis por que a cruz de São Pedro é de cabeça para baixo.
Vejamos algo de festas e tradições juninas.

Casamento Caipira, ou Casório Matuto. A noiva aparece grávida e o pai da noiva obriga o noivo a casar. Depois que o casamento se realiza começa o festejo. É bom lembrar que no ano de 2004 houve, no Palácio do Planalto, um Casamento Caipira.

Balões, hoje proibidos por leis, avisavam que a festa estava para começar. Comidas típicas como milho cozido e assado, canjica, pamonha, bolo de milho. Apenas como exemplos.
Dança da laranja era uma brincadeira para casais. Cada um virado para o outro e a laranja é colocada entre as testas de ambos. Os casais começam as danças de mãos para trás, tentando evitar a laranja cair.

O casal vencedor será aquele que ficar por mais tempo sem derrubar a fruta.
E muitas outras brincadeiras juninas que persistem por este Nordeste e algo que já está apenas mergulhado no passado.
Não se pode negar que ainda existem os chamados fogos de artifício, bem como as tradicionais fogueiras, por ocasião das vésperas e dos dias de Santo Antônio, São João e São Pedro.