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Mestre do jornalismo
Neste mês de outubro de 2016, festeja-se os cento e vinte e quatro anos de nascimento de Graciliano Ramos ( 27.10.1892) na bucólica Quebrangulo. Bem lembrado pela Tribuna do Sertão na edição de 24 do mês que se finda. Coincide como o dia que veio ao mundo o mestre do jornalismo Ivan Bezerra de Barros, consoante informação da cronista social Aninha Monteiro. E, por isso, presto-lhe homenagens mil por tudo que fez, faz em prol da comunicação alagoana.
A bem da verdade, Ivan Barros brilhou na constelação do jornalismo nacional como então repórter da extinta Manchete. Com seu feeling jornalístico realizou grandes reportagens como o acidente que ceifou a vida de JK e outras memoráveis. À época, a Manchete era dirigida pelo talentoso Arnaldo Niskier que colabora com o Semanário fundado pelo amigo de longas datas.
De volta à terra que o viu nascer ( Palmeira dos Índios), dedicou-se na criação do Espaço da Memória, bem como a escrever dezenas de livros a saber: Graciliano Era Assim ( 1974); Como Salvar o Município ( 1974); O Direito Morreu? ( 1978); Pontes de Miranda – O Jurisconsulto ( 1978); Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos ( 1978); No Solar das Letras ( discurso acadêmico – 2000); Abrindo a Janela do Tempo ( 2006); Eutanásia – O Assassinato Legal ( 2009); Etnia Tribal Xucuru e a Formação de Palmeira dos Índios ( 2011); Graciliano Ramos – O Prefeito que Virou Best-Seller ( 2011); As Sementes de Padre Macedo ( 2011); Os Mitos do Sertão ( 2011); e outras consagradas obras de sua excelsa inteligência.
Membro da Academia Alagoana de Letras, signatário do Manifesto Herzog, vetusto sócio da Associação Alagoana de Imprensa ( AAI), recipendiário de dezenas de Comendas como contribuição à literatura nacional e, por extensão, pesquisador incansável de figuras históricas que enalteceram o Brasil como um todo.
Assisti à solenidade de seu neto Ivanzinho, filho de seu estimado filho Vladmir Barros que, por sinal, escolheu a profissão de advogado por influência do avô. A Faculdade Cesmac do Sertão, engalanou-se para ouvir seu discurso de paraninfo da primeira turma daquela unidade de ensino superior de excelente qualidade. Segundo ele, “ O advogado é o operário do Direito e, portanto, tem ser ético, transparente, e, sobretudo, legítimo defensor do Estado Democrático de Direito”. Fora aplaudido pela oração proferida naquela magnânima noite.
Traduz, portanto, que o orador encontra-se em plena forma em benefício da coletividade palmeirense onde se encontra inserido.
Voltando ao Mestre Graça que deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Certa feita, concedeu entrevista ao extinto Jornal de Alagoas legando à posteridade: “ A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”. Jesus Cristo pregou a verdade no Evangelho vivo de sua Igreja Católica Apostólica Romana.
A propósito, o que é a verdade? “ Perguntou Poncio Pilatos a Jesus. Diz o o Evangelho, segundo João, que assim interpelado o Senhor não respondeu. Guardando silêncio não quereria, porventura o Filho de Deus que os homens a ignorassem eternamente? Até hoje nunca ninguém respondeu”.
Agora, volto a enaltecer a figura ímpar do jornalismo alagoano. Diga-se, de passagem, influenciou a minha geração na arte de escrever.
Certa vez, pediu-me para colaborar com a Tribuna do Sertão e, com sua aquiescência, mantenho um coluna semanal no maior/melhor Seminário do hinterland alagoano. Evidentemente, conto com o apoio irrestrito do jornalista/advogado Vladimir Barros, Editor-Geral da Tribuna do Sertão que tenho prazer de figurar como colaborador ao lado do procurador da Prefeitura Municipal da Terra dos Xucurus Everaldo Damião, sócio efetivo da AAI.
Registro, com ênfase, o que escrevera Dr. Ivan Barros no seu livro Os Mitos do Sertão. “Desde 1971, quando vivia no Rio de Janeiro estudando Direito e como repórter e editor de pauta da Revista Manchete que me dediquei a pesquisar sobre a vida de Virgulino Lampião, Padre Cícero Romão Batista e Frei Damião Bozzano. Este livro é o resultado dessas pesquisas..”
No mês consagrado à sua data natalícia, resolvi dedicar-lhe esta crônica com sabor de uma amizade sedimentada pelo cimento da lealdade. E a faço com o sentimento d’alma pela grandeza de seu profícuo trabalho na imprensa caeté. É, sem dúvida alguma, o mestre do jornalismo que reverencia à memória de Graciliano Ramos no ano fluente completou cento e vinte e quatro anos de saudade imorredoura. Aliás, dissera o poeta: “ De saudade ninguém morre/ Sem saudade ninguém vive/ Ainda sinto saudade da saudade que não tive”.Almejo, portanto, ao meste do jornalismo muitos anos de vida ao lado de sua honrada família, Que Deus lhe dê inspiração a fim de continuar abrilhantando a comunicação como um todo. Organização: Francis Lawrence.
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