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15 anos depois do 11 de setembro, terror continua sendo ameaça
Há exatos 15 anos, a cidade de Nova York era atacada em seu coração, com os atentados às Torres Gêmeas do World Trade Center. Desde então, a maior metrópole dos Estados Unidos se recuperou da tragédia, mas permanece uma cidade “blindada”.
Passada uma década e meia do 11 de setembro, Nova York ainda não saiu da mira do terrorismo. Aliás, as ameaças até aumentaram. Além da Al Qaeda, os EUA ainda precisam se preocupar com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e com os extremistas “criados em casa”.
Por outro lado, não está mais sozinha e não é considerada o único alvo do terrorismo islâmico. Paris, Bruxelas e Nice estão aí para provar. Jihadistas e lobos solitários de várias origens ampliaram seu raio de ação, mirando também no Velho Continente e mostrando como o mundo mudou profundamente desde a queda das Torres Gêmeas.
A Primavera Árabe e a consequente derrubada ou desestabilização de ditadores no norte da África e no Oriente Médio revolucionaram o equilíbrio de forças, inclusive entre os terroristas. Se a Al Qaeda era até pouco tempo atrás o símbolo do jihadismo, agora é o Estado Islâmico quem mais ameaça o mundo, atraindo um número inédito de combatentes e inspirando jovens a lutarem ao seu lado em nome do Islã, ainda que nunca tenham pisado em Síria ou Iraque.
Os ataques do EI inflamaram o debate político, dando vida a uma retórica de confronto quase religioso. Donald Trump, candidato à Presidência dos Estados Unidos, se tornou um dos protagonistas deste cenário com sua proposta provocadora de bloquear a entrada de muçulmanos no país.
O assassinato do imã da mesquita de Ozone Park, no bairro do Queens, em agosto passado, reabriu a discussão sobre crimes alimentados pelo ódio e pela retórica política. Por conta disso, a polícia de Nova York decidiu até reforçar a segurança ao redor de templos muçulmanos neste 11 de setembro.
Mas, apesar de tudo, a cidade se recuperou. O novo World Trade Center já funciona há dois anos, embora a corrida para devolver à região seu vigor comercial não ocorra tão rapidamente como se esperava. Os preços nas alturas e a demora na reconstrução levaram bancos e outros negócios a se mudarem, e agora não parece tão conveniente retornar ao WTC.
Porém muitos apostam em um renascimento, inclusive a rede italiana de empórios gastronômicos Eataly, que investiu US$ 38 milhões para abrir uma loja de 5 mil m² no coração do “Marco Zero”, exatamente em frente ao parque com as duas fontes que homenageiam as torres derrubadas pela Al Qaeda há exatos 15 anos. (ANSA)
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