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São Miguel dos Campos
Recebi, com satisfação, das mãos do economista Ricardo Alves da Silva, Superintendente da Gráfica Oficial Graciliano Ramos, exemplar do livro intitulado São Miguel dos Campos ( Seu rio e sua História). Trezentas e sessenta três páginas recheadas de fotos das famílias nativas, bem como de vasto Sumário contemplando diversos cenários a saber: histórico, brasileiro, geográfico, econômico, sócio-cultural, político, religioso, urbanístico, filhos ilustres, apêndices/anexos e de excelente bibliografia narrando os fatos acontecidos no pretérito desaguando no presente com a pujança do município como um todo.
Dito isso, torna-se imperativo ressaltar o autor – Antonio Valentim dos Santos – técnico em meio ambiente, que, por sua vez, fez acurada pesquisa trazendo à tona a saga de uma unidade municipal que ocupa a terceira economia das Alagoas de Lêdo Ivo. E, portanto, trabalho histórico que merece ser lido pelas atuais gerações, e, principalmente, àqueles estudiosos professores universitários das áreas públicas e privadas como o Centro Universitário Cesmac, capitaneado pelo reitor Dr. João Rodrigues Sampaio Filho.
Diga-se, de passagem, no próximo mês de outubro será inaugurado uma Editora visando publicar livros de professores da Instituição e, por que não dizer, de autores alagoanos que escrevem fora do campo acadêmico. Notícia alvissareira quando se atravessa uma crise nacional. Contudo, o Cesmac agiganta-se com iniciativa dessa magnitude em prol da sociedade alagoana como um todo.
Voltando-se à obra em questão, observa-se o que escrevera a filha ilustre de São Miguel dos Campos
– A Guisa de Prefácio – advogada/poetisa/escritora Maria de Lourdes do Nascimento com a propriedade que lhe é peculiar.
“ São Miguel, o rio e o Santo: História de uma cidade. São Miguel, um rio; São Miguel, um santo; São Miguel dos Campos, um pedaço de Alagoas.
Antes, um caminho; hoje, uma cidade. E no Nordeste do Brasil, às margens de um rio descoberto em 29 de setembro de 1501, dia do Arcanjo São Miguel, surge anos depois – a cidade.
São Miguel dos Campos, então, dádiva do rio São Miguel, que não só foi estrada aquática por onde transitaram embarcações, mercadorias e pessoas, mas também é testemunha dos fatos históricos, dos acontecimentos do cotidiano e das histórias de amor. Uma delas – A história do amor de Fernando e Isaura, de Ariano Suassuna, que traz a antiga lenda celta Tristão e Isolda para a aldeia miguelense quando a barcaça Estrela da Manhã navega em águas do rio São Miguel”.
No dizer da saudosa nativa escritora Guiomar Alcides de Castro: “ Escuta, S. Miguel dos Campus! Abre bem os ouvidos, porque quero dialogar contigo, relembrar um pouco de tua história, tua vivência, teu povo, teus costumes, teus modos de ser, pois tudo que te vibrou no passado, tudo que te palpita na paisagem humana, citadina e rural é meu também”.
A bem da verdade, o compêndio histórico tem como finalidade precípua as comemorações alusivas aos cento e cinquenta anos ( 1864/2014) do município de São Miguel dos Campos. E, portanto, a efeméride fora comemorada à altura da majestosa unidade municipal que, por sua vez, representa a terceira economia das Alagoas de Lêdo Ivo, último coestaduano a ocupar à Casa de Machado de Assis.
Na galeria dos Construtores da Terra dos Caetés de ontem e de hoje, destacam-se: colunistas Maria Cândida Palmeira ( Gazeta de Alagoas)/ Maria José Palmeira Xavier – Lilian Rose ( Jornal de Alagoas); Padre Júlio de Albuquerque ( A Alma das Catedrais); Dom Adelmo Machado, arcebispo de Maceió, Mons. Benício; médico Agatângelo Vasconcelos; Ana Luisa Vieira de Sinimbu; desembargador Antônio César de Moura Castro; Caio de França de Jatobá; deputado estadual Diney Soares Torres; senador Rui Palmeira, genitor de Guilherme Palmeia, avô do atual prefeito da capital maceioense; artista plástico Fernando Lopes; Francisco Manoel dos Santos Pacheco; Julio Soriano Bomfim; artista plástico Juvenal Santana; médico Manoel Sampaio Marques; médica Maria Tereza Pacheco; comendador Miguel Soares Palmeira; e outras celebridades.
Devo confessar que participei da campanha do saudoso Alcaide Humberto Maia Alves, cujo vice-prefeito fora George Clemente. Inclusive, criei o jornal “ O Miguelense” onde registrei as principais obras realizadas pelo então homem público que deixou marcas indeléveis que a poeria do tempo não conseguirá apagar. George Clemente, por sua vez, candidata-se à reeleição com grandes chances de vitória. Mudou a paisagem urbana daquele próspero município. Almejo-lhe, portanto, sucesso nas urnas de 2 de outubro de 2016. Afinal, conquistou a simpatia dos miguelenses pela suas profícuas gestões.
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