Geral
13ª Mostra de Dança faz homenagem ao primeiro bailarino alagoano
Recomeço para a arte da dança em Alagoas é o que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), vem realizando com a 13ª Mostra Alagoana de Dança. Foram contemplados 48 grupos de diversos municípios. As apresentações estão acontecendo desde o dia 19 de agosto e seguem até o dia 27 de setembro.
Variados estilos de dança fazem parte das apresentações do evento, nos municípios-sedes da mostra: Boca da Mata, Arapiraca, Coruripe, Piranhas, Murici, Porto Calvo e Maceió.
“A Mostra de Dança celebra o ritmo e o movimento. Durante o evento, bailarinos, diretores, coreógrafos e outros envolvidos se unem com o objetivo de mostrar o seu melhor e encantar,” ressaltou a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.
Segundo a secretária, variados estilos de dança foram contemplados com oficinas de capacitação, seminários gratuitos e apresentações, a exemplo da dança contemporânea, afro, de salão e do ventre, hip-hop, flamenco, jazz e frevo.
O destaque desta edição é a homenagem ao primeiro bailarino alagoano, Eric Valdo. Ele fez história na arte da dança clássica e ficou famoso por criar, remontar e adaptar grandes ballets de repertório.
Segundo a curadora da Mostra, Karina Padilha, desde o primeiro ano do evento existe a vontade de trazer o dançarino e maitre das Alagoas, mas somente agora, com a ajuda do Governo estadual, será possível realizá-la.
“A retomada da 13ª Mostra Alagoana de Dança pelo Governo do Estado tem trazido muitas surpresas e alegrias, e a maior de todas é a oportunidade de homenagear Eric Valdo, um guerreiro da dança, um exemplo de vida, um alagoano”, comemorou a curadora Karina Padilha e ex-bailarina.
De acordo com o secretário de Estado da Comunicação, Ênio Lins, a Mostra é um dos eventos artísticos mais importantes e longevos do Estado. “Possui valores múltiplos, em quantidade e qualidade. Merece aplausos pelo grande número de grupos e dançarinos de muitos municípios de Alagoas que participam do evento. Deve-se aplaudir igualmente a qualidade dos trabalhos apresentados, sejam as coreografias, sejam as performances de bailarinos e bailarinas envolvidos. Enfim, um belo evento, permanente, a enriquecer o nosso cenário artístico”, falou o secretário.
Para a técnica em teatro pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Kátia Rubia, atualmente exercendo o ofício de atriz no município de Arapiraca, estrear nos palcos da Mostra de Dança, foi um momento ímpar.
“Estou com uma sensação indescritível. Foi muita emoção e aprendizado pela primeira vez dançar nos palcos da Mostra. E, além disso, fiz uma oficina de jazz fantástica. Só posso agradecer à organização do evento e ao professor Jonathas. Foi uma aula profunda, que me trouxe muitos aprendizados,” disse a atriz, que participou do evento.
Novidade
Nesta edição da Mostra, os professores das oficinas de dança irão selecionar os participantes, que, em poucas horas, terão que produzir uma coreografia para ser apresentada em um dos palcos espalhados pelo evento. Trata-se da Maratona Coreográfica.
Conheça Eric Valdo
Eric Valdo nasceu em Maceió, em 13 de julho de 1929. Sua infância não foi convencional, uma vez que seu pai tinha um parque de diversões. Ele cresceu percorrendo o Nordeste, convivendo com histórias e experiências únicas. Quando foi ao Rio de Janeiro estudar na Escola Nacional de Belas Artes, se apaixonou pelo ballet clássico e nunca mais parou de praticar e ensinar o “plié”.
Experiência e talento tornaram-no um dos mais conceituados bailarinos, maître de ballet e ensaiadores da sua geração, tendo orientado artistas do porte de Aldo Lotufo, Marlene Belardi, Gerry Maretsky, Karin Schotterbeck, Helio Bejani, Ana Botafogo, Karen Mesquita, entre outros. Suas aulas nunca foram apenas a execução de um movimento, o trivial do seu trabalho era belo, quase uma criação. E seu talento vai além. Tornou-se um desenhista de grande habilidade, projetando, inclusive, o figurino dos espetáculos.
Atualmente, Eric Valdo vive no Rio de Janeiro com sua esposa, a bailarina Eliana Caminada, com quem tem um filho, Roberto, e dois netos gêmeos, Lucas e Luiza.
Mais lidas
-
1USINA DE VOTOS
Em Palmeira dos Índios, mais da metade da população depende do Bolsa Família e há temor de uso eleitoreiro para 2026, com ex-imperador na disputa
-
2DISCRIMINAÇÃO
Professor Cosme Rogério expõe racismo estrutural no PT de Palmeira dos Índios
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
No governo Luísa Duarte, PT fica em segundo plano e maior fatia da assistência social segue sob controle de aliados de Julio Cezar
-
4POLÊMICA
Vereador Helenildo Neto alerta sobre recadastramento do Bolsa Família em Palmeira dos Índios
-
5COLISÃO FRONTAL
Em Satuba, acidente envolvendo um micro-ônibus e um táxi deixa dois mortos na BR-316