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Dia dos Pais
Foi comemorado no dia 14 do mês em curso o Dia dos Pais. A norte-americana Louise Smart Dodd sugeriu que deveria haver uma data comemorativa para ser celebrada em homenagem ao pai. O pai da citada norte-americana enviuvou e criou seis filhos em sua propriedade no estado de Washington. Oficialmente o Dia dos Pais foi, pela primeira vez, comemorado no dia 19 de junho de 1909.
Uma flor foi escolhida como símbolo da celebração. A flor era rosa. A rosa vermelha seria para lembrar os pais vivos. A rosa branca traria a lembrança dos pais falecidos. Lá, nos Estados Unidos, o então presidente proclamou o terceiro domingo de julho como o Dia dos Pais. Aqui no Brasil o Dia dos Pais é o segundo domingo de agosto.
Um dos jornais da Capital traz depoimentos interessantes de pais pobres que trabalharam e trabalham para sustentar seus rebentos. Mas não se trata apenas de dar de comer e de vestir os filhos, mas do amor dedicado aos filhos.
Há o relato de um pai cego que sustenta três filhos e mais dois meninos filhos do primeiro casamento da sua atual esposa. Sai de sua residência logo pela manhã, em direção ao centro da cidade, para cantar e ir ganhando alguma ajuda em dinheiro dos transeuntes.
Para chegar ao local, onde permanece boa parte do dia, anda em mais de um ônibus e praticamente a sua viagem é de uma hora e meia. Ás vezes não encontra lugar para sentar, contudo, muitas vezes, encontra alguém que lhe oferece um lugar, pois ainda há pessoas generosas.
Outro fato interessante é de um engraxate que trabalha há 40 anos, engraxando sapatos. Pai de três filhos, alegremente confessa que, com seu humilde trabalho e com a ajuda de sua esposa, ajudou seus filhos a serem pessoas de bem. De acordo com o que diz o jornal, o engraxate José Gonzaga afirmou que todo o esforço valeu a pena. E assim afirmou com lágrimas nos olhos.
Vou lembrar o que já escrevi, certa feita. Um exemplo que conheci bem de perto. Havia uma criança de 1 ano e alguns meses que não aceitava nenhum alimento a não ser o leite. Arranjaram leite condensado, colocaram água levaram ao fogo e tentaram dar à criança o leite. A criança não aceitou.
O pobre do pai trabalhava em uma fábrica das 6 horas da manhã até às 18 horas. Eis que, por falta de leite na localidade, o pai saía, todos os dias, às 3 horas da manhã, para determinada localidade, a fim de conseguir uma garrafa de leite. Ao regressar ao lar, chegava quase na hora de ir para o trabalho.
Podemos dizer que o pobre homem engolia alguma coisa e ia para o trabalho. Essa “via crucis” durou aproximadamente 3 meses, quando voltou a vendagem de leite na localidade, onde residia a família com a criancinha alimentada com leite e o amor dos pais.
Passados mais de vinte anos, o pai e o filho saem juntos de casa para um ato importante: a formatura do filho daquele pai que se sacrificou pelo seu rebento.
Podemos afirmar que são valorosas as palavras de Juan Luis Vives: “Que riqueza não é, até entre os mais pobres, ser filho de um bom pai”.
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