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As olimpíadas e o sonho de Luther King
Na Década de 50 o mundo era diferente. Não havia internet, celulares, tablets, iPhones, nem qualquer outra tecnologia digital. Mas, nos EUA já existia o jovem negro de 21 anos, MARTIN LUTHER KING JR., que se tornou o grande ativista político que lutou contra a discriminação, o racismo e o preconceito em geral; que defendeu as causas e os direitos sociais para todas as pessoas, inclusive pobres, negros e mulheres. Em 1964, com 35 anos de idade, o pastor evangélico Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela sua luta contra a desigualdade social, fazendo uso do protesto sem qualquer violência física ou psicológica, assim como o indiano Mahatma Gandhi e o sul-africano Nelson Mandela. Dizia o pastor e político Luther King: “uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la”. Sua poderosa arma era seus eloquentes discursos que lhe deu a notoriedade de se tornar o “Cidadão do Mundo”, amante da paz, da harmonia e do respeito ao semelhante. Foi assassinado nos EUA pela covardia e a frieza dos homens que desprezavam a convivência pacífica entre os povos e as nações. Porém, sua missão pacifista não terminou com sua morte, pois seus admiradores em sua Terra Natal instituíram o “Dia de Martin Luther King Jr.”, como um feriado nacional norte-americano, sendo comemorada essa data na terceira segunda-feira do mês de janeiro de cada ano.
Na véspera do seu assassinato na cidade de Memphis (EUA) no ano de 1968, no topo de uma montanha, o notável cidadão negro pronunciou seu último discurso. Mas, sua consagração se evidencia em 1963, durante seu pronunciamento em Washington D.C., com o título célebre – “I Have a Dream” (Eu tenho um Sonho):
“Eu tenho um sonho… O sonho de ver minhas quatro pequenas crianças vivendo em uma nação onde elas são sejam julgadas pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter, por sua personalidade. Eu tenho um sonho… Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios”.
No entanto, se Martin Luther King Jr. ainda fosse vivo no dia de hoje, na altura dos seus 87 anos de idade, diante da Televisão na sua casa em Atlanta (EUA) onde nasceu e fez sua história, assistindo com sua família a cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, realizada no Rio de Janeiro, ao ver em cores o desempenho artístico do garoto negro carioca de 8 anos de idade, de nome Thawan Lucas da Trindade, morador da Vila Kennedy (comunidade pobre da Zona Oeste do Rio de Janeiro), que no palco do grande evento deslumbrou a platéia do Estádio e os telespectadores do mundo, “bailando em samba” ao lado do compositor e sambista Wilson das Neves, com certeza escreveria uma nova mensagem de paz às nações:
“… Eu realizei meu sonho. Vi uma criança negra de 8 anos de idade “sambando” com elegância e com arte no palco do Mundo, diante da curiosidade de toda a humanidade, contagiando os povos com a beleza do espírito olímpico, com “amor no coração e sorriso nos lábios…”
E, com absoluta certeza, Martin Luther King Jr., também repetiria seu pensamento já conhecido e imortalizado nos Estados Unidos da América:
“O que me assusta e me preocupa não é o grito dos maus, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas. (…) Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver. (…) Temos de aprender a vivermos todos como irmãos ou morreremos todos como loucos. (…) Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo…”
Pensemos nisso! Por hoje é só.
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