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Autoridades turcas proíbem parada gay alegando razões de segurança
As autoridades de Istambul (Turquia) proibiram nesta sexta-feira (17) a parada do Orgulho Gay, que seria realizada no final deste mês, alegando razões de segurança.
Com a decisão, fortemente criticada pelos organizadores da marcha, qualquer pessoa que desafiar a proibição poderá ser presa.
O governo da maior cidade da Turquia informou que estava ciente de informações na imprensa e nas redes sociais sobre a marcha, mas pediu que os cidadãos não participem do evento.
Este desfile é o maior de todos os países muçulmanos e já foi realizado 12 vezes, quase sem incidentes até o ano passado, quando a polícia usou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha.
Os organizadores denunciaram em sua página no Facebook a proibição como uma “violação flagrante da Constituição e da lei”.
Os ativistas alertaram que vão recorrer à Justiça.
“O dever do Estado não é impedir o exercício dos direitos, mas eliminar quaisquer obstáculos para exercer estes direitos”, disseram.
A Turquia foi atingida por vários ataques neste ano, incluindo um atentado em Istambul, que deixou três israelenses e um iraniano mortos, atribuído a extremistas islâmicos.
A lei turca não condena a homossexualidade. No entanto os homossexuais turcos denunciam com frequência os assédios e abusos em uma sociedade muçulmana conservadora, onde as expressões de afeto de casais do mesmo sexo são malvistos.
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