Geral
Projeto resgata brincadeiras populares e busca integrar família e escola
A Escola Estadual Ovídio Edgar de Albuquerque, no bairro do Tabuleiro dos Martins, em Maceió, criou um projeto para resgatar as brincadeiras populares de antigamente, o que serviu para aproximar ainda mais a relação entre pais e filhos e integrar família e a escola. O projeto ‘Torcida Organizada para a Paz e Bem’ é coordenado pela professora de Educação Física, Gedalva Brito, e trabalha com os alunos do ensino médio.
Em seu segundo ano consecutivo, o projeto foi iniciado com uma pesquisa dos alunos sobre quais as brincadeiras dos pais quando eram crianças. Nesta quarta-feira (15), os estudantes socializaram entre si aprendizados e vivências adquiridas.
O estudante Givaldo Bernando Lima Júnior, do 3º ano, destacou o “futebol caranguejo”, que possui regras similares ao tradicional. A brincadeira é jogar sem tirar a mão do chão. “Dá para interagir com todo mundo. Ele trabalha todas as partes do corpo e ainda desenvolve a coordenação motora. Promove a inclusão, pois pode ser jogado por pessoas com deficiência”, destacou o aluno.
Além das tradicionais pula corda, amarelinha e sete cortes, eles trouxeram também brincadeiras do período junino. Foi o caso de Marília Eduarda da Silva, da mesma série, que apresentou o curri curri. Ensinada por sua mãe, ex-moradora da zona rural de Pernambuco, a brincadeira consiste em adivinhar quantos grãos de milho assado têm escondido na mão de cada participante. Se acertar, tem direito a comer o milho do outro.
“Minha mãe conta que não tinham muito o que fazer e se reuniam para brincar com o milho produzido. É assim: alguém esconde o milho e fala ‘curri curri’; aí, o outro responde: ‘eu entro’; e o desafiante fala: ‘com quanto?’; então o colega tenta adivinhar quantos grãos têm na mão do outro. Se acertar, come o milho. Achei muito boa. São brincadeiras boas. Importante trazer para a escola e o que está faltando para a geração de hoje, que são atividades saudáveis”, pontuou Marília.
De acordo com Gedalva Brito, esta é apenas a primeira etapa do projeto, que segue no segundo semestre, durante os jogos internos da unidade, com a elaboração de paródias de torcidas.
“A cada ano, o projeto vem trazendo inovações. Com reflexões sobre suas realidades, conseguimos trabalhar posturas no cotidiano deles. Percebemos comportamentos mais amáveis, companheiros e solidários, uns com os outros. Antes até brigavam. E, além deste aprendizado entre eles, ainda socializam com estudantes do ensino fundamental da escola”, explicou Gedalva Brito.
Mais lidas
-
1EXEMPLO A SER SEGUIDO
Enquanto regiões do Nordeste trocam asfalto por concreto para reduzir calor, municípios de Alagoas vão na contramão com cidades mais quentes
-
2EDUCAÇÃO
Bonificação do Governo de Alagoas contempla mais de 21 mil servidores da Educação
-
3SEM PUDOR
Ju Isen, musa das manifestações mostra o ânus durante transmissão ao vivo de Carnaval
-
4FUTEBOL
West Ham quer vender ex-Palmeiras sete meses após pagar R$ 132 milhões, diz jornal
-
5VERGONHA EM PALMEIRA
Crise no Futebol: Prefeitura intensifica represálias contra CSE e “administrador de estádio” sem portaria de nomeação proíbe treinos noturnos