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Clássico alvinegro opõe vira-casacas Marquinhos Gabriel e Paulinho
O clássico entre Corinthians e Santos, a partir das 21 horas (de Brasília) desta quarta-feira, em Itaquera, reunirá dois vira-casacas. O meia Marquinhos Gabriel, que também já passou pelo Palmeiras, vestia a camisa santista até o ano passado. Do outro lado, o atacante Paulinho não chegou a defender o grande rival profissionalmente, porém criou polêmica ao posar para fotografia com o uniforme corintiano.
Dois anos mais jovem do que Paulinho (27 a 25), Marquinhos Gabriel atravessa um melhor momento no Campeonato Brasileiro. O meia que era cobiçado pelo próprio Santos no início de 2016 foi um dos poucos destaques do Corinthians contra o uruguaio Nacional, na noite da eliminação na Copa Libertadores da América, quando estreou. Desde então, firmou-se como titular ao lado de Giovanni Augusto e Guilherme e já marcou dois gols em cinco jogos, o último na vitória por 2 a 0 sobre o Sport, na Ilha do Retiro.
“O nosso plantel é muito qualificado. Trabalhando como o Tite tem pedido, vamos evoluir em busca desse troféu. Estou muito otimista”, avisava Marquinhos Gabriel, ainda na época em que o Corinthians mais lamentava as eliminações no Campeonato Paulista (vencido pelo Santos) e na Libertadores do que fazia planos para o Brasileiro. “Existem muitas cobranças – e sempre existirão –, mas a gente sabe que vai colher os frutos no final do campeonato”, confiou o atleta, revelado pelo técnico Tite no Internacional.
Paulinho também conhece as cobranças. Com 21 apresentações como santista, o atacante marcou só três gols e ainda é visto como uma decepção, até porque enfrenta a pressão de ser o substituto do próprio Marquinhos Gabriel no elenco. Ele chegou como titular do técnico Dorival Júnior após ter a sua contratação cogitada pelo Corinthians, porém não foi bem e ficou uma semana sem treinar por ter sentido “febre” durante o Carnaval.
© Fornecido por Gazeta Esportiva Autor de belo gol sobre o Sport, Marquinhos preteriu o Santos e negou ser
Para Paulinho, a temperatura não é tão amena para ele na Vila Belmiro também em função da fotografia em que aparece com a camisa do Corinthians. Natural de Guarulhos, o atacante iniciou carreira no Flamengo da sua cidade, que mantinha parceria com o clube do Parque São Jorge, e até passou por testes para atuar pelo rival. Mas foi no Santos, que o trouxe por empréstimo do Flamengo carioca, a sua primeira chance em um grande time paulista.
“Depois daquela foto, alguns torcedores me criticaram. É claro que tinham razão. Foi um erro. Mas, no meu primeiro clássico em São Paulo, contra o Corinthians, entrei e dei o passe para o Ricardo Oliveira fazer o gol”, recordou Paulinho, ciente de que uma boa atuação em Itaquera fará a foto como corintiano desbotar. “Quem sabe eu não consigo desencantar e acabar com essa história, ainda com uma comemoração para a torcida santista?”, vislumbrou, mas sem imaginar como seria o festejo.
Marquinhos Gabriel sabe bem como agradar – e irritar – a torcida do Santos. O armador tinha proposta para deixar definitivamente o Al Nassr e retornar à Vila Belmiro neste ano, mas optou por um acerto com o Corinthians. Segundo ele, o desejo de jogar pelo rival e a oferta de pagamento à vista dos US$ 3 milhões (R$ 10,8 milhões) que o clube da Arábia Saudita exigia pelo negócio influenciaram a sua escolha.
“Ao contrário do que vão falar, não sou mercenário. Se fosse, teria ficado na Arábia. Decidi pela grandeza do clube, pela Libertadores, pelos meus objetivos pessoais de chegar à Seleção Brasileira. O Corinthians é o melhor lugar para isso acontecer. É o maior time do País, com a maior torcida”, fez média Marquinhos Gabriel, no dia da sua apresentação, depois de assinar um contrato válido até 31 de julho de 2020.
© Fornecido por Gazeta Esportiva Em baixa, Paulinho planeja desencantar justamente contra o Corinthians (foto: Ivan Storti/Santos FC)
Paulinho tem menos tempo para mostrar serviço, uma vez que o seu empréstimo expirará no final do ano. Agora com a concorrência de Jonathan Copete, vindo do Atlético Nacional, ele tem consciência de que precisará colecionar boas atuações enquanto Gabriel estiver na Seleção Brasileira se quiser fazer valer a vontade de permanecer no Santos e não voltar para o Flamengo.
Para os demais personagens envolvidos no clássico da quinta rodada do Campeonato Brasileiro, os vira-casacas são uma preocupação. O lateral direito Victor Ferraz, por exemplo, fez questão de dizer que Marquinhos Gabriel “é acima da média”, enquanto meia Giovanni Augusto minimizou os desfalques do Santos ao salientar a força de quem continua sob o comando de Dorival Júnior, como Paulinho. Outros jogadores também colaboraram com as declarações respeitosas – dignas de quem trocaria de camisa com o rival ao término do jogo em Itaquera.
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