Política
Temer propõe ‘esforço conjunto’ para ‘banir’ violência contra a mulher
Em uma reunião com secretários estaduais de segurança pública em Brasília, o presidente em exercício Michel Temer propôs nesta terça-feira (31) um “esforço conjunto” entre União, estados e municípios para tentar “banir” a violência contra as mulheres. Em um breve discurso na sede do Ministério da Justiça, ele lembrou o caso da adolescente de 16 anos vítima de um estupro coletivo no Rio de Janeiro e disse que há “violência permanente” contra as mulheres em todos os estados brasileiros.
Diante da repercussão nacional e internacional do caso do estupro coletivo, o peemedebista ressaltou que “o país todo está preocupado com o fenômeno da violência contra a mulher”. Na avaliação dele, a sociedade “se constrange e se acanha com fatos desta natureza”.
Segundo Temer, o encontro com os gestores estaduais de segurança pública pode funcionar como “símbolo” de que o Brasil está preocupado com o fenômeno.
“Eu acho que a violência, aquela que tem se dado ao longo do tempo, não só a que aconteceu no Rio de Janeiro, mas o fato é que é uma violência permanente em relação à mulher e ela está em todos os estados brasileiros. E fora ainda outras espécies de violência que têm significado ao longo do tempo, como violência racial, violência aos homossexuais, enfim…”, disse Temer na reunião.
Além do presidente em exercício, também participou do encontro com os secretários estaduais de segurança pública o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Apesar de a reunião ter sido convocada antes mesmo de ocorrer o estupro da adolescente carioca, o caso se tornou uma das principais pautas do encontro. Inicialmente, a reunião havia sido convocada para discutir o Plano Nacional de Segurança Pública.
Delegacia da mulher
Em meio ao discurso, Temer relembrou aos secretários que foi ele quem criou a primeira delegacia especializada no atendimento de mulheres em uma das oportunidades que comandou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Ele disse que, à época, tomou a iniciativa após ter recebido um grande grupo de mulheres que reclamavam do atendimento nas delegacias de polícia.
“Me recordo que recebi, em uma ocasião, um grupo imenso de mulheres que reclamavam do atendimento nas delegacias de polícia e que eram atendidas por escrivães e delegados e, naturalmente, a conversa não é a mesma de quem é do sexo feminino. E, naquele mesmo instante, ocorreu-me a hipótese de: ‘Por que que eu não crio uma delegacia com uma delegada mulher, três, quatro escrivãs e 15 investigadoras?’. Porque as mulheres, no diálogo, se entendem com muito melhor naturalidade”, contou o presidente em exercício.
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