Nesta última semana o ex-presidente Luiz Lula Inácio da Silva responsabilizou a própria Dilma Rousseff pela perda do poder político no país. E disse mais o fundador do PT que o fator principal foi “o descontrole da economia” e a “perda do apoio dos empresários”. Nas conversas reservadas entre Lula e seus aliados sobre os erros que levaram o PT a deixar o poder, Lula atribui a Dilma Rousseff a responsabilidade maior, porque a Presidente afastada “permitiu que os políticos se rebelassem contra ela no Congresso Nacional”.

Onde se encontrava Lula durante o mandado presidencial de Dilma? Por onde andava Lula durante o “escândalo financeiro” da Petrobrás? O que fazia Lula quando a metade dos brasileiros foram às ruas protestar contra o aumento da gasolina, da energia elétrica e da cesta básica? O que estava fazendo Lula quando a Operação Lava Jato da Polícia Federal prendeu e denunciou militantes do PT envolvidos em crime de corrupção?

Ora, como LULA pode afirmar que “ele e o PT” estão isentos de culpa ou que “ele e o PT” possuem responsabilidade menor no “desgoverno” da Dilma Rousseff? Só agora que o barco naufragou em águas turbulentas, surge Lula como o “companheiro” decente, sábio e analítico para censurar o comportamento da sua aluna e discípula. Segundo ele, o PT é vítima dos erros políticos da Ex-Presidenta da República. Esse papo furado do Lula de que “cabe a ele e ao Partido 30% da responsabilidade pelo afastamento da Chefe do Executivo Federal”, enquanto que “os outros 70% foram jogados na conta da Dilma”, é um argumento mesquinho, mentiroso, falso e oportunista do maior líder petista do Brasil.

Muito injusto e covarde o comportamento de Lula contra sua pupila, a quem elegeu para Presidente do Brasil em 2010 e apoiou sua reeleição nos anos seguintes. Ninguém nunca soube que LULA havia abandonado o “barco” da Dilma, ninguém nunca anunciou que LULA e DILMA estavam divorciados no Governo do PT. Pelo contrário, todas as vezes que o povo ia à rua para protestar, Lula e Dilma se abraçavam diante das câmeras e dos holofotes da imprensa nacional e da imprensa estrangeiras, exibindo força, unidade e fidelidade de um para com o outro. Mas, agora que a “casa” caiu e que a “verdade” veio á tona, Lula surge como uma “Fênix” sobre no cenário político nacional e internacional para exibir sua “face “de bom mocinho, isento de culpa e de crimes. Mas ele não enganou a todos os líderes estrangeiros. O culto e observador Presidente dos EUA, Barack Obama, em Abril de 2009, reconheceu a sua fragilidade como homem público, quando afirmou ao mundo: “esse é o cara!”

No momento, o que LULA fala ou deixar de falar pouco importa. Aliás, o que LULA deve fazer com urgência é responder às acusações no âmbito da Justiça Federal, tanto em Brasília quanto em Curitiba. Mas, não é só isso. As investigações da Lava Jato, com novas revelações e acusações, continuam viabilizando sua candidatura a presidente do Brasil, que ainda é seu sonho, porque não há mais clima para isso. Os 15% de eleitores militantes do PT não elegem um Presidente da República. Isso parece a cada dia mais distante. E o que se sabe de concreto é que tanto Dilma, como Lula e o PT só sabem ler uma “cartilha”: da militância do Partido para conquistar o Poder Político, tal como Chaves e Maduro (ambos da Venezuela). Mas desconhecem por completo sobre “receita econômica”, gastos públicos, endividamento social, equilíbrio fiscal e legalidade dos atos administrativos.

Um dos erros do Governo Dilma (e é claro com o aval de Lula e do PT) foi abrir os cofres do Tesouro Nacional na esperança de “agradar” seus asseclas e aliados, principalmente para alocar mais verbas em obras públicas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na tentativa de fisgar votos dos políticos, nas bancadas do Congresso Nacional. O Erro Fatal da Dilma, do Lula e do PT foi querer transformar o Brasil em Cuba, em Venezuela ou na Bolívia, governando o país com um único Partido de Esquerda, como num regime totalitário com um governo ditatorial. O Erro Fatal da Dilma, do Lula e do PT foi não dar ouvidos ao clamor das multidões, ou simplesmente do Povo, que é sem dúvida “A Voz de Deus”… Pensemos nisso! Por hoje é só.