De acordo com a chefe de Reintegração Social da Seris, Shirley Mirely, a ação é uma forma de valorizar o trabalho desenvolvido pelas custodiadas (Foto: Ascom/Seris)

As reeducandas do regime semiaberto que trabalham em diversos convênios tiveram um dia especial, nesta quinta-feira (31). As trabalhadoras participaram de um dia lúdico, organizado pela chefia de Reintegração Social da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) em comemoração ao Mês da Mulher. O evento aconteceu no clube da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e proporcionou momentos de descontração e interação entre as reeducandas.

A comemoração fez parte da programação do Mês da Mulher organizado pela Seris. Além das custodiadas, também participaram da iniciativa gestores de vários setores da Ressocialização e de instituições parceiras que contam com mão de obra carcerária. As reeducandas participaram de alongamento e relaxamento, sorteio de brindes, além de desfrutarem das dependências do clube.

De acordo com a chefe de Reintegração Social da Seris, Shirley Mirely, a ação é uma forma de valorizar o trabalho desenvolvido pelas custodiadas e mostrar que por meio do labor elas podem resgatar seu espaço no mercado de trabalho, na sociedade e na família. “Elas escolheram o caminho do trabalho, vivendo de forma digna e longe da criminalidade. Queremos mostrar que com as escolhas certas novas portas serão abertas”, afirmou.

A reeducanda Willanili Rosas trabalha há oito meses em um dos convênios firmados pela Ressocialização. De acordo com a custodiada, obter apagar o passado e recomeçar a vida por meio do trabalho representa uma grande conquista.

“É muito bom ter um dia diferente, sair um pouco da rotina de trabalho do dia a dia, mas, principalmente, é importante saber que estamos correspondendo à confiança depositada em nós. Isso é maravilhoso”, explicou.

Convênios

Para que um convênio seja firmado é necessário um acordo de cooperação entre a Seris e a empresa ou órgão público interessado, estabelecendo direitos e deveres para as partes envolvidas. Atualmente os convênios utilizam a mão de obra carcerária em atividades como serviços gerais, porteiro, motorista, jardineiro, recepcionista, encanador, eletricista, dentre outras.

Pelo trabalho realizado, os conveniados recebem a partir de um salário mínimo, acrescidos do pagamento do transporte, além de terem direito à remição da pena. No início de outubro de 2015, a Seris alcançou o número de 400 custodiados inseridos no mercado de trabalho em Alagoas. O quantitativo inédito foi possível após a assinatura do acordo de cooperação firmado com a Secretaria da Fazenda, que oferta 130 vagas.