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Defensoria Pública de Alagoas pede a regularização de tratamento para doentes renais em Maceió

A Defensoria Pública de Alagoas pretende entrar com ação requerendo a regularização dos atendimentos para pacientes com problemas renais em Maceió. Segundo denúncia de representantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS) e da Associação dos Renais Crônico e Transplantados de Alagoas (Arcal), novos pacientes não estão conseguindo tratamento porque a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió determinou que os hospitais conveniados não aceitem novos pacientes depois de atingir o valor determinado no contrato. Documentação que comprova a situação foi entregue ontem (03) ao Núcleo de Direitos Humanos Difusos e Coletivos.
De acordo com o presidente da Arcal, José Wilton da Silva, o teto fixado pelo município é insuficiente e muitos pacientes não têm recebido tratamento adequado. “Há três meses a Secretaria determinou que os hospitais conveniados não recebam novos pacientes após atingir o teto fixado por ela. Desde então, essas pessoas, encaminhadas principalmente pelo Hospital Geral do Estado, não conseguem vagas em nenhum local da rede conveniada. Já temos notícias de óbitos em decorrência dessa situação”, explica.
Ainda segundo José Wilton, os pacientes em tratamento sofrem por falta de alguns medicamentos. “Os pacientes antigos, que ainda recebem tratamento nos hospitais, estão como muita dificuldade de conseguir marcar exames e receber medicamentos, como, por exemplo, o hidróxido de ferro, cuja falta tem feito muitos desenvolverem anemia profunda”, diz.
Segundo o grupo, Maceió conta com mais de 180 máquinas de hemodiálise, nos seis hospitais conveniados a Prefeitura para serviços de Terapia Renal Substutiva. São os hospitais conveniados: Hospital Vida, Instituto de Nefrologia Ribamar Vaz, Clinica de Doenças Renais, Hospital do Açúcar, Hospital Ortopédico e Hospital Universitário. “Com exceção do HU, todos os hospitais que oferecem tratamento nefrológico são particulares ou sem fim lucrativo. E nenhum está recebendo novos pacientes. O HU não tem condições de receber todos, é uma situação gravíssima, que envolve muitas vidas. Negar atendimento em casos assim é decretar a morte do paciente”, encerra.
A interrupção ou irregularidade na aplicação do tratamento para pacientes nefrológicos pode, no caso de transplantados, acarretar a perda do rim. Em caso de algum problema renal, dificultar a cura, estender a enfermidade para outras regiões do corpo, podendo levar o paciente a óbito.
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