Geral
Dois são condenados no caso da morte do menino Aylan


(Foto: REUTERS) Montagem mostra Aylan al-Kurdi sendo retirado da praia e seu pai: dois sírios foram condenados por tráfico de pessoas pelo caso
São Paulo – No ano passado, o mundo se chocou com a imagem que mostrava o corpo sem vida do menino sírio Aylan em uma praia na Turquia. Hoje, dois sírios que atuavam como traficantes de pessoas foram condenados a quatro anos de prisão pelo naufrágio do barco no qual a criança viajava com sua família.
De acordo com a agência AFP, os homens chamados Muwafaka Alabash e Asem Alfrhad foram considerados culpados pelo tráfico de pessoas, mas absolvidos da acusação de negligência que levou à morte de cinco ocupantes da embarcação. Aylan, inclusive.
Relembre o caso
A foto de Aylan al-Kurdi emocionou pessoas ao redor do mundo e acabou por se tornar o símbolo máximo dessa crise de refugiados que se instalou na Europa e que é maior desde a 2ª Guerra Mundial.
O menino era da cidade curda de Kobani, um dos maiores alvos dos extremistas do Estado Islâmico (EI) na Síria, e tinha três anos de idade. Nascido durante a guerra civil que já há quase cinco anos devasta o país, Aylan viajava com seus pais e irmão para a Grécia, mas tinham como destino final o Canadá, onde desejavam se juntar a familiares.
Segundo informações do jornal The Independent, o pai de Aylan, Abdullah, teria pago o equivalente a 16 mil reais por seus lugares na frágil embarcação. A viagem de Bodrum, na Turquia, para a ilha grega de Kos aconteceu durante a noite.
Quando o mar se tornou revolto, os traficantes abandonaram o barco, deixando os refugiados à mercê da própria sorte. O barco no qual a família al-Kurdi estava naufragou e apenas Abdullah sobreviveu. Era a terceira vez que tentavam realizar a perigosa travessia.
Mais lidas
-
1MÚSICA
Edson e Hudson lançam álbum com clássicos sertanejos
-
2OBITUÁRIO
Gloria Vaquer, ex-mulher de Raul Seixas, morre nos Estados Unidos
-
3HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
4ENTREVISTA
Aldo Rebelo: “Se for para a derrota, Lula vai terceirizá-la”
-
5ESPECIAL
João Avelino Torres, o pracinha palmeirense que viu a “cobra fumar em Montese, na Itália