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Red Bull apresenta RB12

É fato que a Red Bull viveu um ano fora da curva em 2015. Desde que definitivamente se estabeleceu como equipe grande e passou a vencer corridas na F1, a partir de 2009, jamais os taurinos passaram um ano inteiro sem subir no topo do pódio. Mas depois dos três triunfos de Daniel Ricciardo em 2014, a equipe tetracampeã do mundo ficou no zero no ano passado, travou uma guerra fria com a Renault por conta da falta de competitividade dos seus motores e até ameaçou deixar a F1. No fim das contas, a Red Bull continua no grid e com esperanças e visual renovados. Prova disso é a apresentação, na manhã desta segunda-feira (22), do RB12, com o qual o time de Milton Keynes vai tentar dar a volta por cima na F1.
O carro, assim como outros modelos já apresentados até aqui, sobretudo Williams e Mercedes, não exibe grandes diferenças em relação ao modelo do ano passado. Fruto justamente de um regulamento técnico praticamente intacto em relação a 2015. Desta forma, as equipes preferem concentrar seus esforços já pensando no ano que vem, quando as regras vão ser bastante modificadas,
Mesmo com toda a crise do ano passado, a Red Bull segue contando com a Renault para fornecer seus motores. A fábrica francesa apenas não exibe mais sua marca nos carros de Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat em 2016, com a nova patrocinadora do time, a TAG Heuer, rebatizando as unidades de potência. Os taurinos bem que tentaram contar com outra fornecedora, chegou a bater às portas de Mercedes, Ferrari e até da Honda, mas em todas teve um sonoro não como resposta — sendo vetada pela McLaren para receber os motores japoneses.
De modo que, depois de tanta indefinição sobre o motor para 2016, o projeto atrasou, como salientou Christian Horner, fazendo com que a equipe técnica tivesse de correr contra o tempo para apresentar o novo carro em tempo de começar a pré-temporada. Pelo menos, a primeira batalha do ano já foi vencida para a equipe que dominou o Mundial no começo da década.
“Obviamente, o atraso na decisão do motor ano passado foi um desafio, mas nós encontramos uma solução em tempo e toda a equipe trabalhou de forma incrivelmente dura para se recuperar durante o inverno. Portanto, nós estamos buscando construir nossa base em um progresso significativo que obtivemos na segunda metade de 2015 e tentar manter este momento nas primeiras corridas da temporada”, afirmou o chefe da Red Bull na F1.
Horner crê que a Red Bull deve sofrer ligeiramente no começo da temporada , ficando em um nível de competitividade inferior até mesmo à coirmã Toro Rosso, que vem para 2016 com motores Ferrari de especificação do ano passado.
“Minhas esperanças para esta temporada são de que nós possamos verdadeiramente avançar a partir de onde nós estávamos no ano passado. Trabalhamos duro e desenvolvemos bastante bem o carro e espero que, com alguma performance vindo com a unidade de potência também, isso possa nos permitir nos aproximar um pouco mais dos nossos oponentes diretos”, acrescentou o dirigente britânico.
Mago da aerodinâmica na F1, Adrian Newey, responsável por inúmeros modelos vitoriosos na F1, falou sobre o novo carro taurino para 2016. “Muitas vezes me perguntaram sobre qual área do carro eu estou mais satisfeito, mas com a estabilidade das regras que nós temos no momento, é difícil encontrar um espaço tão grande para explorar”, salientou o engenheiro.
“Portanto, o que nós tentamos foi tentar nos concentrar neste carro para conseguir um pacote coeso em todas as peças — suspensão, chassi, aerodinâmica —, para que tudo possa funcionar junto e em harmonia. Acho que nós conseguimos administrar bem e aprender com as lições do ano passado, e todos os indicativos de nossas simulações sugerem que o chassi deste ano deve ser forte”, emendou.
Diretor-executivo da Red Bull, Rob Marshall prefere esperar para saber o real potencial do novo carro: “Com o RB12, nós estamos otimistas por termos obtido alguns bons ganhos, mas a dificuldade está no túnel de vento e nos números do CFD que nós estamos vendo e, ao menos que você possa ver todos esses números, você não sabe onde está. Estamos felizes por estarmos seguindo no rumo certo do nosso ponto de vista, mas nós não saberemos até Melbourne. Da forma como este carro está concebido, espero que possamos vencer algumas corridas. Pode até parecer um tanto ousado depois do ano passado, em que sofremos desde o começo do ano, mas espero que neste ano nós possamos dar um passo adiante em termos de potência e que isso possa representar um nível um pouco acima”.
Os trabalhos de pista da Red Bull em 2016 começam logo mais, com Daniel Ricciardo ao volante do novo RB12 equipado com motor Renault rebatizado como TAG Heuer, acelerando a partir das 5h (horário de Brasília) em Barcelona. O GRANDE PRÊMIOacompanha todas as atividades da pré-temporada.
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