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Carvoarias são autuadas por crime ambiental no Sertão de Alagoas

17/09/2015
Carvoarias são autuadas por crime ambiental no Sertão de Alagoas
Proprietários das carvoarias desconheciam proibição. (Foto: Ascom IMA)

Proprietários das carvoarias desconheciam proibição. (Foto: Ascom IMA)

Durante operação realizada na segunda-feira (14), técnicos da Gerência de Fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) flagraram a atividade de duas carvoarias ilegais no povoado Garrincha, zona rural de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas. Os proprietários foram autuados e multados em mais de R$ 25 mil por corte irregular de madeira nativa, sem licença ambiental.

De acordo com os fiscais do órgão ambiental, cinco carvoarias foram identificadas durante a operação, mas apenas duas estavam ativas. Os fornos localizados, com apoio de policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), eram alimentados com madeira das árvores nativas da caatinga.

Identificados pelos técnicos durante a operação, os proprietários das fazendas onde funcionavam as carvoarias afirmaram não saber da proibição, alegando uso apenas para fins domésticos. No entanto, segundo a equipe que esteve no local, a quantidade de carvão encontrada indica que as carvoarias funcionavam para fins lucrativos.

Os dois proprietários receberam infração, com multa em mais de R$ 25 mil e prazo de 10 dias para apresentação da defesa. “Vamos concluir o laudo, abrir o processo administrativo e encaminhar ao jurídico para ajuizar ação civil e pública cautelar”, explicou Ermi Ferrari, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IMA.

Os fornos encontrados foram destruídos pelos fiscais do Instituto.

Carvoaria irregular em Piranhas

No início deste mês, uma ação iniciada a partir de denúncia feita por moradores do município de Piranhas levou os fiscais do IMA a flagrarem uma carvoaria alimentada com madeira nativa da caatinga.

Mais de sete hectares foram desmatados, comprometendo a fauna e a flora da região. O proprietário também foi autuado e multado em mais de R$ 25 mil.

Segundo informações dos técnicos que estiveram no local, ao ser autuado o dono da fazenda alegou que a mesma estaria arrendada para outra pessoa. Entretanto, não apresentou documentos que comprovem o argumento.