Geral
A Saga dos Veiga (XXII)
23/06/2012
No transcorrer da minha caminhada escrevendo a Saga dos Veiga, vez por outra surgem fatos novos e, por isso, sou levado a registrar mesmo que não seja uma notícia alvissareira. Afinal, a história não pode ser mudada. Muito pelo contrário, tem que ser fiel à sua época.
No dia 16 de junho pretérito, faleceu precocemente a prima/irmã América Veiga, filha de tio Luís Veiga de Lima ( 13-9-1897/23-2-1981). Filho de meu avô materno José Luís da Veiga Lima, capitão Cazuza, falecido em 25 de janeiro de 1945.
América fora minha professora de Geografia no então Ginásio Antonio Farias encravado na minha querida Paulo Jacinto. Fiscal de Tributos Estaduais, inteligente e, cursava Psicologia na Fits. Dedicou-se à Pastoral dos Idosos e, por isso, fora homenageada com a Comenda Dom Fernando Iório pela Câmara Municipal de Maceió na última sexta-feira (15.6.12).
Compareci à solenidade, onde a vereadora Tereza Nelma fora a autora da indicação para que ela fosse recipendiária da honraria. Internada na Santa Casa de Misericórdia, fora representada pelos filhos César/Sarah Veiga.
Pediram-me que falasse alguma coisa sobre o evento e, principalmente, a respeito da prima com relevantes serviços prestados à sociedade alagoana como um todo. Confesso fora traído pelas emoções, embargada a voz quase que nada dizia naquela solene ocasião.
Contudo, dissera o que Pe Antonio Vieira legou à posteridade; Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras. Fora o que fez América Veiga ao longo de sua honrada existência no Planeta Terra. Aliás, deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.
A seu pedido, fora enterrada na Capela de São Lourenço fundada pelo nosso trisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Diga-se ,de passagem, como benfeitora restaurou o Santuário dos Veiga como estivesse se despedindo de todos. Deixou-o pintado, as imagens restauradas, o museu implantado nas dependências da Capela. E, sobretudo, coordenou por vários anos a realização de Santa Missa no mês de janeiro de cada ano que assinala a morte do capitão Cazuza.
América deixou saudades imorredouras para seus quatro filhos e quatro netos. E, portanto, será sempre lembrada pela delicadeza que tratava às pessoas independentemente do status social. De fala mansa, quase que não se ouvia quando pronunciava as palavras. Serena, compromissada com o que fazia em prol dos idosos e das pessoas carentes.
Chamava-a de prima rica. Ria das minhas brincadeiras e indagava: como vai tia? Minha querida mãe Naninha, irmã de tio Luís expert em charadas novíssimas. Enfim, lembrar-me-ei sempre dela cuidando do Chalé que tinha orgulho porque fora construído pelo seu querido genitor.
Às vezes encontrava-me com ela no Shopping Maceió. Andava sempre depressa à procura dos afazeres que tinha em mente. Mesmo assim, estendia a mão e perguntava: como vai Laurentino?
Compareci à recomendação de seu corpo no Parque das Flores.Lá, encontrei João Barbosa Neto, seu compadre/amigo; as professoras Francisca Correia/Nilza; amigos do fisco que ela participara com muita integridade. Minha esposa Aurilene, minhas filhas Vanessa/Vanissa Veiga foram levar o conformo à sua família.
Saí triste daquele lugar onde se enterram as criaturas. Não me despedi de ninguém. Abracei a saudade da prima como se fosse a última vez que lhe vira já sem vida. Só me resta pedir ao Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, que se apiede de sua bondosa alma.
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