Geral
Como será a vida em 2052?
15/05/2012
Depois de ter ajudado a publicar, em 1972, um estudo do Clube de Roma sobre Os limites do crescimento, o acadêmico norueguês Jorgen Randers, especialista em questões climáticas, planejamento de cenários e dinâmica dos sistemas, tenta vislumbrar como será a nossa vida daqui a 40 anos e para isso contou com a colaboração de 40 autores.
São pensadores que se debruçam sobre áreas como economia global e recursos. As previsões foram feitas a partir de modelos de computador, mas têm uma característica eminentemente humana. Prevê-se, por exemplo, que em 2052 a concentração de CO2 na atmosfera continuará aumentando e a temperatura em geral crescerá 2ºC. Mesmo assim produziremos a comida de que necessitaremos, embora seja possível a existência de baques em relação ao milho nos Estados Unidos e ao trigo na India.
O professor Randers, que se formou na Universidade de Oslo, disse agora no Brasil que os jovens pagarão caro pelas pensões dos seus pais, além de enfrentar desemprego alto e habitação cara. Isso poderá provocar uma grande revolta.
Ele criticou os excessos praticados pela humanidade: Em alguns casos, haverá colapso localizados antes de 2052, como a provável perda de recifes de coral e do atum. Mas garante que a partir de 2030 a humanidade começará a diminuir as emissões globais. A insustentabilidade do nosso planeta finito estará dentro de limites perfeitamente suportáveis.
No livro 2052: Previsões globais para os próximos 40 anos, Jorgen Randers afirma que os Brics continuarão a crescer, mas o maior fenômeno de expansão será o da China, porque é capaz de agir. Randers acha que os Estados Unidos entrarão em clima de estagnação. A população mundial atingirá um pico de 8,1 bilhões em 2040, e depois diminuirá. A pesquisa apresenta um dado aterrador: em 2052 o mundo terá mais de 2,1 bilhões de pobres.
O estudioso norueguês, cujo livro foi publicado pela editora americana Chelsea Green, prevê um significativo aumento dos investimentos sociais nas próximas décadas, mesmo que seja em resposta a crises. Isso não impedirá que haja muito sofrimento, principalmente devido a mudanças climáticas desenfreadas. Consequência da existência de uma população mais urbana e menos inclinada a proteger a Natureza.
Há o natural receio de que em 2080 as temperaturas terão aumentado 2,8ºC, nível suficiente para iniciar um aquecimento global autossustentado, o que não é nem um pouco desejável, segundo nos disse o professor Heitor Gurgulino de Sousa, que foi reitor da Universidade da ONU, em Tóquio, e acompanha de perto os estudos realizados pelo Clube de Roma. Segundo ele, esse tipo de controle é desejável, mas para isso se torna indispensável que o mundo acorde, sobretudo nas escolas de todos os níveis, para a necessidade imperiosa de uma vigorosa campanha de conscientização ecológica. Vale a pena conhecer o último livro do Prof. Randers .
Mais lidas
-
1FUTEBOL
Guardiola diz que má fase do Manchester City não é culpa de Haaland: 'É sobre nós'
-
2IPVA 2025
Sefaz divulga calendário de pagamento do IPVA em Alagoas
-
3FUTEBOL
A novidade do futebol em 2025 será o Super Mundial de Clubes
-
4SAÚDE
Lady Gaga em Copacabana: Artista usa Yoga para tratar condição que fez cancelar show no Brasil em 2017
-
5MUNICÍPIO SEM ORÇAMENTO
Ministério Público recomenda desconto salarial a vereadores faltosos em Palmeira dos Índios