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Personalidades relembram verões marcantes no Rio em vídeos do GLOBO; Fernando Gabeira abre a série

Jornalista e ex-deputado revive histórias de sua relação com o Rio e o episódio da tanga que virou símbolo em Ipanema

Agência O Globo - 26/12/2025
Personalidades relembram verões marcantes no Rio em vídeos do GLOBO; Fernando Gabeira abre a série
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O verão carioca é palco de histórias emblemáticas: da bossa nova ao funk, dos carnavais de rua aos camarotes, dos biquínis às latas, dos campeonatos inesquecíveis e das modas que conquistam o Brasil e o mundo. Para celebrar essa relação única entre o Rio e a estação mais quente do ano, O GLOBO lança nesta sexta-feira o especial “Mil e uma histórias de verão”. Em vídeos inéditos, cariocas ilustres e visitantes compartilham memórias marcantes de aventuras vividas entre dezembro e março na cidade.

Entre os convidados estão cantores, jornalistas, atletas, políticos e personagens emblemáticos das ruas, do subúrbio e das praias cariocas. Quem inaugura a série é o jornalista, comentarista e ex-deputado Fernando Gabeira, protagonista de um dos verões mais emblemáticos do final dos anos 1970 e início dos anos 1980.

— Ultimamente, o verão tem tido uma característica especial, determinada um pouco pelas mudanças climáticas. A temperatura ficou mais alta. Em alguns lugares, passou a ser um problema de saúde pública. No Rio, também é assim. Tanto que houve a criação do Protocolo de Calor no município — alerta Gabeira. — O verão que era no passado puro romantismo, pura diversão, hoje é também uma preocupação de saúde a partir das mudanças climáticas.

Gabeira, que nasceu há quase 85 verões, em um 17 de fevereiro chuvoso em Minas Gerais, fez do Rio sua casa há décadas. Entre trabalho e lazer, nada há 40 anos no Flamengo, pedala pela Lagoa e se tornou figura icônica ao protagonizar o Verão da Tanga — episódio que revive em vídeo especial publicado nesta sexta nas redes de O GLOBO.

— Comprei uma tanga na Fiorutti, uma loja que tinha na Praça Nossa Senhora da Paz. E outra tanga eu ganhei da minha prima, Leda (Nagle). Usei uma e foi uma repercussão muito grande. Homens não usavam tanga no Brasil — relembra Gabeira, de 84 anos, explicando que, à época, acabara de voltar da Europa, onde frequentava praias de nudismo, enquanto no Rio já se esperava o fim da ditadura e mais liberdade. — Era o anúncio de um novo tempo.