RJ em Foco

PM da reserva condenado por matar sobrinho no RS é preso em Angra dos Reis

Ação ocorre um dia após Disque Denúncia divulgar cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Jeverson Olmiro Lopes Goulart

Agência O Globo - 23/12/2025
PM da reserva condenado por matar sobrinho no RS é preso em Angra dos Reis
- Foto: Depositphotos

O policial militar da reserva Jeverson Olmiro Lopes Goulart, de 60 anos, foi preso nesta terça-feira em uma pousada de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto, após ter sido condenado a 46 anos de reclusão pela morte do sobrinho de 12 anos, em 2016, no Rio Grande do Sul.

A prisão foi realizada no bairro Parque Mambucaba, um dia após o Disque Denúncia divulgar um cartaz solicitando informações sobre o paradeiro de Jeverson. O serviço havia informado que ele estaria morando em um apartamento em Copacabana, Zona Sul do Rio, de onde acompanhou o julgamento.

Segundo a Polícia Militar do Rio, agentes do 33º BPM (Angra dos Reis) localizaram Jeverson após receberem informações do Disque Denúncia. Com ele, foram apreendidos dinheiro em espécie, um celular e um notebook. O caso foi encaminhado à 166ª DP, delegacia da cidade.

No fim de outubro, a sentença lida no Foro Central I, em Porto Alegre, apontou Jeverson como culpado por homicídio duplamente qualificado e estupro de vulnerável contra o sobrinho, Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, encontrado morto em uma cama, com um tiro na cabeça, em novembro de 2016.

De acordo com o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, Cátia Goulart, irmã do réu e mãe da vítima, foi ouvida por cinco horas durante o julgamento. Outras quatro testemunhas de acusação também prestaram depoimento.

A promotora Lúcia Helena Callegari destacou inconsistências no depoimento do PM da reserva e evidências técnicas que, segundo o Ministério Público, indicavam manipulação da cena do crime.

Segundo a acusação, Jeverson teria cometido ato libidinoso contra o sobrinho e atirado contra o menino para encobrir o crime, enquanto a vítima dormia. Um bilhete de despedida, supostamente escrito por Andrei, foi encontrado por Cátia, o que, para o Ministério Público, seria uma tentativa do réu de simular um suicídio e manipular a cena do crime.

Foto: https://depositphotos.com/