O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso pela polícia paraguaia na madrugada desta sexta-feira (26), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, ao tentar embarcar para El Salvador. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo Estadão.

Silvinei estava sob monitoramento por tornozeleira eletrônica desde agosto de 2024, após ser solto da prisão preventiva. Ele é acusado de comandar blitze ilegais durante as eleições de 2022, com o objetivo de dificultar o acesso de eleitores do Nordeste, região onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha forte apoio.

Sem autorização judicial, Silvinei deixou Santa Catarina rumo ao Paraguai. A Polícia Federal detectou rapidamente a violação do dispositivo de monitoramento, emitiu alertas nas fronteiras e acionou a adidância brasileira no Paraguai.

No momento da prisão, Silvinei portava um passaporte paraguaio original, mas com informações pessoais falsas. Ele foi detido ao tentar deixar o aeroporto e encaminhado ao Ministério Público paraguaio, que deverá conduzir o processo de extradição para o Brasil.

Durante o governo Jair Bolsonaro, Silvinei chefiou a PRF. Ele foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, acusado de integrar o "núcleo de gerência" do plano de golpe para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.