Política
Sóstenes apresenta escritura e afirma que R$ 470 mil apreendidos são de venda de imóvel
Deputado do PL-RJ diz que valor retido em operação da PF foi obtido legalmente com venda de casa em Minas Gerais.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) publicou um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira, 24, apresentando sua versão sobre a origem dos cerca de R$ 470 mil apreendidos pela Polícia Federal em seu apartamento, em Brasília, na última sexta-feira, 19. A apreensão ocorreu durante uma operação que investiga desvios na cota parlamentar, envolvendo também o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Segundo Sóstenes, o dinheiro em espécie seria proveniente da venda de uma casa, cuja escritura foi exibida no vídeo. Ele também mostrou a indicação da propriedade do imóvel em sua declaração de imposto de renda de 2024, no valor de R$ 310 mil. O parlamentar já havia informado anteriormente que a transação ocorreu uma semana antes da operação.
A Polícia Federal apura a atuação de agentes públicos, servidores comissionados e particulares em um suposto esquema de desvio e ocultação de verba pública. As investigações apontam que os recursos eram desviados por meio de pagamentos a uma locadora de veículos, que, segundo a PF, funcionaria como fachada para devolução de dinheiro da cota parlamentar.
No caso de Sóstenes Cavalcante, um assessor do deputado teria movimentado R$ 11 milhões em débitos e outros R$ 11 milhões em créditos, sendo apontado como um dos operadores dos desvios. O parlamentar, no entanto, não mencionou o assessor em sua postagem.
Na gravação, o deputado afirma que era proprietário do imóvel, localizado em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, desde 2023. Ele relata que a casa foi colocada à venda após reforma, exibindo um anúncio de venda por R$ 690 mil. "Tudo conforme a lei, nada ilegal", destacou.
O deputado declarou ainda que a venda foi fechada por R$ 500 mil, pagos em dinheiro vivo. "Tenho certeza que, após esclarecimentos à Polícia Federal e ao ministro Flávio Dino, o dinheiro será devolvido, pois é de fonte lícita e transparente", afirmou.
A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), vigente desde 2009, unifica as verbas indenizatórias, de passagens aéreas e postal-telefônicas. Segundo a Câmara dos Deputados, o benefício mensal deve ser usado para custear despesas do mandato, como aluguel de escritório, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro e combustível.
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