Internacional
'Deixem celular e se olhem nos olhos', pede mãe de Carlo Acutis
Italiano se tornará o primeiro 'santo millennial' da Igreja

Amãe do beato italiano Carlo Acutis, que se tornará no próximo domingo (7) o primeiro santo "millennial" da Igreja Católica, afirmou que seu filho ajudou muitas pessoas a se reaproximar da fé e aconselhou que as novas gerações deixem o celular de lado e "voltem a se olhar nos olhos".
Antonia Salzano Acutis, que perdeu o filho de 15 anos de idade em 12 de outubro de 2006, vítima de uma leucemia fulminante, foi entrevistada a respeito da canonização pelos jornais italianos La Stampa e Corriere della Sera.
"Carlo foi escolhido por Deus como seu instrumento.
Muitíssimas pessoas se reaproximaram da fé e começaram a ir à Igreja. Como é possível que ele tenha tocado tantos corações é um mistério insondável. Eu mesmo sou a primeira convertida", disse Antonia, que lançou na Itália um livro sobre a vida de Acutis.
"Hoje eu aconselharia os jovens a desligar o celular e voltar a se olhar nos olhos. Carlo via as inovações como caminhos de comunicação, porém jamais em detrimento do aspecto humano", acrescentou.
Segundo a mãe do futuro santo, recursos como a inteligência artificial precisam ser acompanhados "do calor da amizade, que é o núcleo da fraternidade que torna toda existência digna e única".

Histórico
Acutis morreu em 2006, aos 15 anos de idade, vítima de uma leucemia fulminante, e se tornou um modelo de vida cristã para jovens no mundo todo após ter usado a web para difundir sua fé, o que lhe rendeu os apelidos de "padroeiro da internet" e "influenciador de Deus".
Beatificado em outubro de 2020, ele será o primeiro santo "millennial" — geração nascida entre 1980 e 1995. Seu corpo costuma ser mantido em exposição em um esquife de vidro em Assis, na Itália, trajado com jaqueta, calças jeans e tênis da Nike, em uma tentativa da Igreja de se conectar com a juventude.
O Vaticano atribui a Acutis dois supostos milagres: o primeiro, que abriu caminho para a beatificação, é a cura de uma grave doença pancreática em um menino brasileiro que havia tocado uma relíquia do italiano; o segundo, que permitirá a canonização, é a cura de uma jovem costarriquenha que estava à beira da morte depois de um acidente de bicicleta.
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