Internacional
Europeus não querem arriscar a vida de seus militares pelo bem da Ucrânia, aponta revista

Diversos países europeus que fazem parte da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) continuam sendo relutantes em comprometer seus militares pela Ucrânia, escreve a revista estadunidense Repronsible Statecraft.
A revista destaca que a dura crítica demonstra as divisões na Europa sobre como garantir a segurança a longo prazo da Ucrânia em caso de um possível acordo de paz com a Rússia.
"Mesmo quando os líderes europeus se reuniram em Paris na quinta-feira [4] para definir propostas de desdobramentos, dúvidas significativas permaneceram sobre a disposição dos países de colocar suas tropas em risco para defender a Ucrânia", ressalta a publicação.
Além disso, o artigo aponta que há obstáculos significativos para o lado ucraniano de aderir à UE.
Segundo a revista, Kiev enfrenta dificuldades para cumprir os requisitos básicos de adesão ao bloco, como as normas para combater a corrupção e proteger o Estado de Direito.
"Grandes círculos eleitorais na França e na Polônia também temem que a admissão da Ucrânia à UE afaste os agricultores locais, permitindo que a indústria agrícola da Ucrânia reduza os preços", sublinha o material.
Assim, finaliza a publicação, esses desafios podem ajudar a explicar por que é improvável que a Ucrânia adira à UE em qualquer momento na próxima década.
A reunião dos participantes da chamada "coalizão de dispostos" foi realizada na quinta-feira (4) em Paris em um formato misto sob a presidência do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e do presidente francês Emmanuel Macron.
A mídia ocidental informou que os participantes da reunião concordaram com o objetivo de fortalecer a Ucrânia a tal ponto que ela se torne um "porco-espinho" e, após o fim do conflito, não possa mais se tornar um "objeto de agressão militar".
Na sexta-feira (5), o presidente russo Vladimir Putin disse que a Rússia consideraria alvos legítimos para derrotar quaisquer tropas no território da Ucrânia. Ele enfatizou que as garantias de segurança devem ser elaboradas não apenas para Kiev, mas também para Moscou, e ninguém as discutiu a um nível sério.
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