Alagoas

Escola estadual lança guia para auxiliar professores no atendimento a alunos com deficiência intelectual

Ana Flávia Oliveira/ Ascom Seduc 05/09/2025
Escola estadual lança guia para auxiliar professores no atendimento a alunos com deficiência intelectual
Professora Adriana Barros mostra guia prático - Foto: Ascom Seduc



A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, promovida de 21 a 28 de agosto em diversas escolas estaduais, trouxe uma discussão acerca do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica. Na Escola Estadual Manoel de Araújo Dória, no Conjunto Henrique Equelman, em Maceió, o fruto desse debate gerou uma iniciativa inédita na instituição: o Guia Prático de AEE, elaborado pelos professores Adson Fetal Costa e Adriana Barros.

 

O material foi pensado para dar suporte aos docentes no dia a dia com estudantes que apresentam deficiência intelectual, oferecendo orientações acessíveis e aplicáveis em sala de aula.

 

Um guia feito para professores

 

Segundo a professora Adriana Barros, o material nasceu da necessidade de dar suporte aos docentes na identificação e no acompanhamento dos estudantes com deficiência intelectual e múltipla.

 

“Nós pensamos em construir esse guia para auxiliar os nossos colegas professores que estão em sala de aula, na identificação dos estudantes com alguma deficiência. O foco maior é a deficiência intelectual e múltipla, mas também abordamos outras situações. A ideia é facilitar esse reconhecimento e, a partir daí, encaminhar para a sala de recursos, onde fazemos uma avaliação, chamamos a família e direcionamos também ao atendimento de saúde”, explica Adriana.

 

O guia traz informações claras e práticas: o que é a deficiência intelectual, sinais comuns, possíveis causas, os direitos garantidos em lei e estratégias de inclusão. “Ele dá um norte ao professor”, resume a educadora.

 

A rotina no AEE

 

Na escola, o Atendimento Educacional Especializado acontece na sala de recursos e funciona em dois turnos: pela manhã, com a professora Adriana, e à tarde, com o professor Adson. Atualmente, cada um atende cerca de 12 estudantes.

 

O trabalho não se limita ao reforço de disciplinas. O foco está no desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais, como atenção, concentração, leitura, escrita e raciocínio lógico.

 

“Não é uma aula comum. A gente trabalha com jogos, atividades lúdicas, recursos como o tangram e exercícios adaptados para estimular as capacidades de cada estudante”, conta Adriana.

 

Acolhimento e impacto

 

A recepção do guia entre os professores foi imediata e positiva. Muitos destacaram que agora conseguem identificar com mais facilidade as características que antes passavam despercebidas.

 

“Os colegas disseram: ‘Agora vai ser até mais fácil a gente conseguir identificar alguma característica dos alunos’. Isso mostra que o guia cumpre seu papel”, afirma Adriana.

 

O guia prático

 

O material elaborado pela equipe busca simplificar conceitos e oferecer ferramentas de fácil aplicação. O guia explica o que é a deficiência intelectual, seus sinais mais comuns, causas possíveis e direitos legais dos estudantes. Também orienta os professores sobre como identificar quando um aluno pode precisar de atenção diferenciada e como encaminhá-lo para a sala de recursos.