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Tenório Cavalcanti

Jorge de Araújo Vieira, psicólogo-escritor de Palmeira dos Índios, que tive a honra de lecionar Economia por dez anos no CESMAC, traz à tona o majestoso livro os Tenórios de Tenório, retratando a trajetória do Dr. Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque, cuja odisseia premeia a vida de um homem que se fez valente para sobreviver em Caxias (RJ).
À época que ensinei na bucólica Palmeira dos Índios, a pedido de Jorge Vieira, fiz uma modesta Palestra enfocando o Rei da Terra dos Xucurus. Lá, contei com ajuda do maior historiador daquelas bandas Dr. Ivan Barros. Aliás, trabalhou no seu Jornal A Luta na Cidade de Caxias.
O livro em epígrafe, foi editado pela Fundação das Culturas de Palmeira dos Índios - A Região do Agreste - FUCUPIRA - 25 anos. Pela generosidade do autor, figurei na obra como partícipe da história. E, portanto, agradeço ao amigo pela fidalguia que lhe é peculiar. Desse modo, deixei meu singular nome inserido no contexto literário.
Na pesquisa realizada, o signatário referiu-se aos autores que fazem parte deste livro histórico, a saber: Auta Tânia do Nascimento Lima, Ary Vasconcelos Teixeira, Carlos Heitor Cony, Do Carmo Fortes, Edmilson Sá, Edval Vieira Gaia Filho, Erisvaldo Silva, Jorge de Araújo Vieira, José Maria Tenório, Laurentino Veiga, Maria Judite Rocha, Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque, Roberto Gonçalves e Welington Lopes.
Dir-se-ia que Jorge Vieira, por sua vez, falou do Homem da Capa Preta, O Conde Tenório, O Soldado da Liberdade, O Pai dos Pobres, O Rei da Baixada, O Deputado Pistoleiro, Tenório o Mito, Tenório Herói ou Bandido? Cognomes que lhe deram na sua bem-sucedida trajetória. Fez uma história recheada de lutas, de conquistas, de solidariedade aos pobres de Caxias.
Deixou um legado à altura que enobrece seus descendentes. Mereceu, pois, tornar-se imortal. São cento e cinquenta e duas páginas bem escritas, documentadas por fotografias familiares, depoimentos de amigos, jornalistas, intelectuais. Enfim, uma obra assentada na historicidade de Tenório Cavalcanti. Um gigante que deixou marcas indeléveis.
Já dizia Santo Agostinho: Não é grande coisa temer a pena, mas grande coisa é amar a justiça. Quem ama a justiça também teme: Teme bastante, não o fato de incorrer na pena, mas o de perder a Justiça. No dizer da poetisa Creuza Accioly: “ Como esquecer Tenório/Se a Cada lembrança nos leva a outras mais? Como tentar explodir os diques da memória e deixar correr lembranças/ Se não conseguimos fechar as comportas do passado? Como apagar lembranças de Tenório? Que ainda vivem visíveis através das transparentes vidraças das Janelas do tempo ”. Viva Tenório Cavalcanti!
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