Dezenas de manifestantes protestaram protestaram na noite desta quinta-feira (28) na avenida Paulista, em São Paulo (SP), exigindo visibilidade e responsabilização após a morte de dezenas de jornalistas — muitos deles palestinos — em ataques de Israel.

Os organizadores estimam que mais de 200 jornalistas foram mortos desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, com agências internacionais como Associated Press, Reuters e Al Jazeera pedindo responsabilização emergencial.

O protesto ocorre numa crescente onda de indignação global após o ataque de "double-tap" ao Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul de Gaza, em 25 de agosto de 2025.

Segundo relatos, o número total de vítimas chegou a 22, incluindo trabalhadores de saúde, civis e os cinco jornalistas identificados: Hussam al-Masri (Reuters), Mariam Abu Dagga (AP), Mohammed Salama (Al Jazeera), Moaz Abu Taha e Ahmad Abu Aziz. O ataque danificou estruturas vitais do hospital, como o quarto andar e a escada de emergência.

A imprensa internacional registrou nomes e histórias dessas vítimas. Uma delas, Mariam Abu Dagga, de 33 anos, freelancer para a Associated Press, tinha um filho de 13 anos, que atualmente vive nos Emirados Árabes Unidos.

Dados indicam que 2024 foi o ano mais letal da história recente para a imprensa, com 124 jornalistas mortos em 18 países, 70% deles na Faixa de Gaza, conforme relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Entre essas vítimas, 85 teriam sido mortas pelas forças israelenses — um recorde angustiante, segundo a entidade.

As contagens variam, mas entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) somam 242 jornalistas palestinos mortos até agosto de 2025, enquanto o CPJ aponta 192, com cerca de 184 deles mortos por ações israelenses.

A Federação Internacional de Jornalistas registra cerca de 180 mortos palestinos.

Por Sputinik Brasil