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'Vou, sem dúvida alguma, anistiar o 8 de Janeiro', afirma o governador Ronaldo Caiado

Por Sputinik Brasil 22/08/2025
'Vou, sem dúvida alguma, anistiar o 8 de Janeiro', afirma o governador Ronaldo Caiado
Foto: © telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagens

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO) se posicionou, nesta sexta-feira (22), sobre as atuais questões políticas do Brasil e os desafios que o país enfrenta, tanto internamente quanto no cenário internacional.

Durante sua participação em um fórum que reuniu líderes do setor público e privado, Caiado destacou a importância da pacificação no Brasil e defendeu um governo que, segundo ele, seja capaz de unir o país e dar as respostas necessárias para superar crises econômicas e políticas.

Com aprovação de 88% em Goiás, o governador mais bem avaliado do Brasil, Caiado reafirma que sua principal missão no momento é mostrar para o Brasil o que pode ser feito, com base em sua experiência.

"Se você quer segurança, educação, saúde de qualidade, programas sociais e infraestrutura, está certo? Nos visite, veja o que é possível fazer", afirmou o governador, destacando a importância de projetos eficazes que transformaram Goiás.

Embora a pesquisa mostre seu elevado índice de aprovação, Caiado sabe que as eleições presidenciais de 2026 exigem mais do que uma boa gestão estadual. Ele acredita que o país precisa de uma liderança com estatura moral.

"Não se pode ter alguém sentado na cadeira maior do que ele. O Brasil precisa de alguém com capacidade para unir os Poderes e restaurar o respeito mútuo entre eles", disse Caiado, referindo-se à importância de um presidente que compreenda as demandas nacionais e internacionais.

Em relação às recentes tensões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, que está nos Estados Unidos, Caiado se posicionou contra a postura adotada pelo deputado federal. Para ele, as ações de Eduardo Bolsonaro estão longe de ajudar o país a resolver seus problemas.

"Eu fui o primeiro governador a me posicionar contra o tarifaço. Abri diálogo com a embaixada americana, falei várias vezes com o Gabriel Escobar e sempre me posicionei contra qualquer tarifação", afirmou, criticando os impactos da postura de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas relações com os Estados Unidos.

Para o governador, é inaceitável que um deputado, seja qual for sua posição política, interfira diretamente em questões diplomáticas com o exterior, especialmente se suas ações resultarem em sanções econômicas ao Brasil.

Ele foi enfático ao declarar que, se estivesse no comando do país, um episódio como o de 8 de Janeiro nunca teria acontecido. "Não admito aquilo. Houve uma conivência do atual governo para que aquilo acontecesse", sugeriu.

Pacificação e anistia

O pré-candidato à presidência ressaltou a necessidade de um líder que tenha independência para tomar decisões e pacificar o Brasil. "Eu sou uma pessoa independente, sempre tive minhas convicções e defendi a direita quando ninguém tinha coragem de fazê-lo", afirmou.

O governador também se posicionou favoravelmente à ideia de uma possível anistia para os envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. Ele sugeriu que a situação deveria ser revista e reavaliada, com a intenção de restabelecer a ordem e promover a reconciliação no país. "Eu vou pacificar o Brasil, sem dúvida alguma, anistiar o 8 de Janeiro, e vou mostrar que haverá um presidente à altura do país", disse Caiado.

Ele enfatizou que a pacificação não é apenas uma questão de resolver problemas internos, mas também de garantir que o Brasil volte a ter uma imagem positiva no cenário internacional. Para ele, o país precisa de um governo que tenha autoridade moral e a capacidade de dialogar com os Poderes da República, garantindo a integração e o respeito mútuo.