Sete meses após a posse na Casa Branca, as autoridades norte-americanas decidiram pintar o muro que separa seu país do México de preto para dificultar a travessia de migrantes, explicou Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, de um trecho da fronteira no Novo México.

"Isso ocorre especificamente a pedido do presidente [Donald Trump], que entende que, com as altas temperaturas que temos aqui, quando algo é pintado de preto, fica ainda mais quente e será ainda mais difícil de escalar", disse a autoridade sênior de um trecho da fronteira no Novo México, onde pegou em um rolo compressor para ajudar no trabalho.

"Este muro faz parte da diferença. Alto demais para escalar. Estreito demais para atravessar. E agora, por ordem do presidente, ele será pintado de preto, tão quente ao toque que imigrantes ilegais criminosos nem tentarão", acrescentou ela em sua conta no X.

Por sua vez, o diretor da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos, Mike Banks, enfatizou que a tinta também ajudará a evitar a ferrugem no muro.

Durante sua campanha presidencial, o presidente norte-americano prometeu aumentar as deportações de imigrantes. Além disso, o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) receberá quase US$ 46 bilhões (cerca de R$ 252,6 bilhões) para estender o muro ao longo da fronteira.

A esse respeito, Noem explicou que quase 800 metros de muro são construídos diariamente. "É um escudo e um símbolo: um monumento ao compromisso inabalável do presidente Trump com este país e com a segurança do povo norte-americano", disse a autoridade.

Ela enfatizou que, além dessa barreira na fronteira, o departamento que ela lidera também está trabalhando na "infraestrutura hídrica" ao longo do rio Grande.

Desde que o atual governo dos EUA assumiu o poder, as autoridades relataram uma redução drástica nas travessias irregulares da fronteira. De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, 300.000 migrantes irregulares foram detidos entre janeiro e agosto.

Segundo o governo dos EUA, isso se deve às detenções em massa e à política geral anti-imigração, que atua como um impedimento.