Geral
Debate aborda desafios enfrentados por mães jovens e negras no mercado de trabalho

A equidade de gênero em ambientes corporativos por si só já é um desafio. Quando se fala sobre mulheres negras e ainda jovens mães, os números são ainda mais alarmantes. Refletir sobre os desafios e possíveis soluções acerca desse tema foi o objetivo do painel "Vou Brotar: a jovem mãe negra no mundo do trabalho", mesa que integrou a programação da Rio Innovation Week, maior conferência global de tecnologia e inovação, realizada na última semana, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro.
Dados da PNAD-C (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) apontam que jovens mulheres negras e mulheres mães solo compõem os grupos mais atingidos pelo desemprego e pela desigualdade de renda. Entre jovens mulheres negras de 18 a 29 anos, a taxa de desemprego é três vezes maior do que a de homens brancos nesta faixa etária. Além disso, a juventude feminina negra tem uma renda 47% menor que a média nacional.
Esse cenário motivou a criação da mesa para a programação da mini-conferência "Um Rio de Oportunidades: Decola Cria", tendo como objetivo debater e apresentar soluções coletivas para inclusão e empoderamento econômico das juventudes mais afetadas pela exclusão do mundo do trabalho e educação, com foco em ações sistêmicas que conectam diferentes atores relevantes na cidade destacando, ainda, o papel da juventude e suas comunidades como potências de criação e transformação.
O painel contou com a participação de Helen Pedroso, Diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos da L'Oréal, mãe, psicóloga, intraempreendedora, executiva e palestrante; Isabela Reis, atriz e comunicadora social, jovem mãe e atriz; Maiara Maciel, jovem participante do programa de aprendizagem Coletivo Aprendiz, mãe e auxiliar administrativa; e Márcia Cristina, mãe e Gerente Executiva do Coletivo Aprendiz. Já a mediação foi conduzida pela jornalista Anna Beatriz Lourenço, repórter da TV Globo.
"O Coletivo Aprendiz se propõe a ser uma rede de apoio para jovens mães e gestantes, não apenas dando suporte à saúde gestacional durante o acompanhamento clínico, mas também com apoio, conversas, olhando para a saúde mental dessas mulheres, que, mais do que nunca, precisam de ajuda para seguir investindo nos estudos e em suas carreiras ao se tornarem mães. No Coletivo Aprendiz, além da formação técnica, oferecemos todo o suporte para que a maternidade não seja vista como um impeditivo mas, sim, como potência mesmo diante de tantos desafios", afirma Marcia Cristina, Gerente Executiva do Coletivo Aprendiz, programa desenvolvido pelo CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável).
O debate marcou, também, o lançamento da campanha Vou Brotar, que tem como objetivo sensibilizar investidores e empregadores de jovens mães negras sobre suas vivências e desafios, mas, principalmente, sobre os potenciais e habilidades trazidas pela maternidade e outras experiências.
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