Alagoas

AVC Dá Sinais: aposentado sofre 'derrame' na calçada de casa e tem a vida salva no HGE

Thallysson Alves / Ascom HGE 18/08/2025
AVC Dá Sinais: aposentado sofre 'derrame' na calçada de casa e tem a vida salva no HGE
A neurologista do HGE, Kirsten Melo, lembra que o aposentado chegou com o quadro de AVC isquêmico e foi rapidamente submetido aos exames necessários - Foto: Thallysson Alves / Ascom HGE

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de óbito no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O diagnóstico precoce, o controle dos fatores de risco e a abertura de centros especializados constituem uma necessidade que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está suprindo com o Programa AVC Dá Sinais. E quem comprovou isso foi o aposentado Severino Ferreira, de 78 anos, que teve a sua vida salva no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, depois de sofrer um "derrame". 

 

O incidente ocorreu quando o aposentado estava sentado em uma cadeira, na calçada de sua residência, situada no bairro Chã de Bebedouro, na capital alagoana. Ele começou a se sentir mal e, sua filha, Semivania Gouveia, percebeu que a fisionomia do pai estava diferente: ele falava embolado e estava acometido por uma paralisia no lado direito. 

 

Com isso, ela suspeitou que ele poderia ter sido acometido por um “derrame” e, diante do quadro apresentado, o levou logo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 

 

“Ele é hipertenso, usa marca-passo, faz a sua caminhada diária, mantém os check-ups em dia, mas a gente sabe que ele se perde na dieta. Para piorar, há mais de dez anos perdi a minha avó por um AVC, então também temos histórico da doença na família. Contudo, o risco de ele desenvolver essa doença era grande, só não esperávamos que seria naquele momento e de uma forma tão discreta”, lembrou Semivania Gouveia. 

 

A filha de Severino relatou que não imaginava que o seu pai seria tão bem assistido no HGE. Ela lamenta que essa qualidade no tratamento não foi oferecida a sua avó no passado, o que contribuiu para o seu falecimento. Afirma que a cada dia de internação se surpreendeu com o acolhimento que seu pai recebeu e que sempre esteve confiante na recuperação dele. 

 

“Eu venci, graças a Deus! E com a ajuda de todos do HGE”, disse Severino, ainda com dificuldade para falar e emocionado. 

 

Assistência

 

De acordo com a médica neurologista do HGE, Kirsten Melo, ao chegar ao maior hospital público de Alagoas, Severino passou por diferentes exames para descobrir a causa e o tipo do AVC. 

 

Em tempo, o agora ex-paciente do HGE foi internado na Unidade de AVC, que é o primeiro centro especializado inaugurado pelo Governo de Alagoas, preparado para realizar o monitoramento neurológico intensivo, iniciar a reabilitação precoce e avaliar os riscos de complicações e sequelas. 

 

“Ele chegou com o quadro de AVC isquêmico, com perda de força completa do lado direito do corpo. O caso dele chegou até a gente pelo aplicativo Join, do Programa AVC Dá Sinais, que nos conecta, especialistas, aos demais médicos que fazem o primeiro atendimento e suspeitam que o caso é indicativo para AVC. Aqui no HGE, nós realizamos exames como a tomografia computadorizada de crânio, que revelou a lesão no cérebro e, assim, estudamos e definimos a melhor conduta para salvar a vida dele”, explicou a médica neurologista, Kirsten Melo. 



 

A Doença 

 

O AVC ocorre quando há interrupção ou rompimento do fluxo de sangue no cérebro. Os sintomas aparecem subitamente e podem variar conforme a área do cérebro afetada. 

 

Os sintomas mais comuns são: fraqueza ou dormência em um lado do corpo (rosto, braço ou perna); boca torta; dificuldade para falar ou entender o que os outros dizem; alteração súbita da visão, em um ou ambos os olhos; tontura, desequilíbrio ou dificuldade para andar; dor de cabeça muito forte e súbita, sem causa aparente; e confusão mental. 

 

Em muitos casos, a pessoa não percebe os sintomas. Por isso, quem está por perto tem papel fundamental no socorro. 

 

“Se você perceber algum desses sintomas em alguém próximo, mantenha a calma. Não dê água, remédio ou comida, pois a pessoa pode estar com dificuldade para engolir. Acione imediatamente o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] ou leve à unidade de emergência mais próxima. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas ou morte”, pontuou a neurologista do HGE.