Uma mãe viveu momentos de desespero ao receber, por WhatsApp, áudios da madrasta de sua filha de 7 anos com ofensas e ameaças de jogá-la pela janela. O caso ocorreu em março, em Pouso Alegre (MG), mas só veio a público neste mês, após a divulgação das mensagens pela mãe da criança, Luciana Dias.

Segundo a mãe, os áudios foram enviados em formato de visualização única. Nas gravações atribuídas a Graziele Silva Bertelli, a suspeita chega a dizer que mataria a criança e choraria no velório.

“O meu chão caiu. Fiquei desesperada, só pensava em buscar minha filha na escola para impedir que ela fosse pega pela madrasta”, relatou Luciana.

A conversa teria começado com reclamações sobre o comportamento da menina, passando para ofensas e, em seguida, para as ameaças. A mãe tentou falar com o pai da criança antes de responder, mas não teve sucesso. Após receber os áudios, procurou a polícia e solicitou medida protetiva.

A Justiça atendeu ao pedido, proibindo que o pai leve a filha a qualquer local onde a madrasta esteja presente. A Polícia Civil informou que todos os envolvidos estão sendo ouvidos e que os áudios, junto a outros elementos, estão sendo analisados.

O caso repercutiu nas redes sociais e gerou indignação. A vereadora de São Paulo, Ana Carolina Oliveira (Podemos) — mãe de Isabella Nardoni, assassinada em 2008 — publicou um vídeo criticando a gravidade das ameaças.

“Mandar um áudio desses para uma mãe é crueldade. Permitir que essa criança continue em contato com essa pessoa é pedir para que ela vire estatística”, afirmou.