Política
Paulo Dantas na corrida por um terceiro mandato? Rumores ganham força nos bastidores

A cena política alagoana começa a se agitar diante de rumores cada vez mais frequentes de que o governador Paulo Dantas (MDB) poderá buscar um terceiro mandato à frente do Executivo estadual. Embora ainda não haja confirmação oficial, aliados próximos têm sinalizado que a possibilidade está sendo avaliada nos bastidores, alimentando debates acalorados entre apoiadores e opositores.
O tema não é apenas político, mas também jurídico. Pela legislação eleitoral vigente, a Constituição Federal, em seu artigo 14, §5º, estabelece que o chefe do Executivo pode ser reeleito apenas uma vez de forma consecutiva. No entanto, a interpretação da norma em casos específicos — como sucessões, mandatos tampões ou decisões judiciais — já gerou precedentes que reacenderam discussões sobre a viabilidade de uma terceira candidatura.
No caso de Paulo Dantas, juristas apontam que eventuais argumentos jurídicos dependeriam da análise minuciosa de cada mandato, levando em conta o período efetivo de exercício, as condições de posse e a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal (STF). E uma consulta ao TSE estaria sendo formulada e já contaria com a simpatia do Ministro-decano Gilmar Mendes, nome de peso em Brasília. A consulta - se levada à cabo – deverá ser esclarecida pelo TSE até o dia primeiro de outubro, ou seja, um ano antes do pleito eleitoral de 2026, conforme preceitua a legislação e poderá mudar todo o quadro político alagoano.
O burburinho político cresce especialmente porque Dantas mantém forte presença no interior do Estado e alto índice de aprovação em determinados segmentos, o que poderia impulsionar um projeto de continuidade. Por outro lado, a hipótese de uma terceira disputa já mobiliza adversários, que prometem acionar a Justiça Eleitoral caso a candidatura se concretize.
Nos bastidores da Assembleia Legislativa e nos círculos políticos de Maceió, o assunto é tratado com cautela. Alguns veem a possibilidade como uma manobra para manter o grupo político no poder; outros defendem que a decisão, se juridicamente possível, deve ser legitimada pelo voto popular.
Enquanto isso, o governador evita declarações diretas sobre o tema, preferindo manter o foco em agendas administrativas e inaugurações. Porém, a movimentação de lideranças regionais, a articulação com prefeitos aliados e a presença constante em eventos estratégicos indicam que a disputa de 2026 já começa a ser desenhada.
Mais lidas
-
1HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
2ARSAL ANUNCIA
Águas do Sertão cobrará aumento na conta a partir de 11 de setembro; veja a lista dos municípios
-
3COMUNICAÇÃO
Fernando Collor encerra negociações para venda da TV Gazeta a grupo mineiro, revela portal
-
4BOXE
Morre segundo pugilista em decorrência de lesão cerebral após evento de boxe no Japão
-
5FISCALIZAÇÃO
Câmara de Palmeira dos Índios realizará sessão com foco no escândalo do IGPS e cobranças de transparência