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Analista alerta: participação da UE e Kiev pode dificultar acordo de paz entre Rússia e EUA

O desejo do atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, e da União Europeia (UE) participarem nas conversas sobre encerramento da crise ucraniana danificaria um acordo entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo estadunidense, Donald Trump, disse à Sputnik David Hernández, doutor em ciências políticas da Universidade de El Salvador.
Hernández destacou que Trump e Putin são categóricos de que se trata de uma cúpula entre os dois líderes e que se pretende alcançar resultados práticos e acordos de longo prazo.
"Um dos principais obstáculos enfrentados pela cúpula é a insistência de Zelensky e da UE em se engajar nas negociações para chegar a um acordo de paz", ressaltou.
Segundo o interlocutor da agência, a Ucrânia precisa de paz, porque, depois de mais de três anos de conflito, seu potencial militar, reservas militares e suprimentos de armas praticamente entraram em colapso.
Além disso, sublinhou o professor, o lado russo tem a iniciativa não apenas política, mas também militar.
Neste contexto, apontou, é irresponsável continuar as hostilidades por parte da Ucrânia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), já que é impossível derrotar o Exército russo.
"O presidente Trump entende claramente esse quadro e, portanto, a urgência de se chegar a um acordo com a Rússia antes que, em suas próprias palavras, os russos cheguem a Kiev", finalizou.
Anteriormente, o Kremlin e a Casa Branca anunciaram que Putin e Trump se encontrariam no Alasca em 15 de agosto. Como esclareceu o assessor do líder russo Yuri Ushakov, o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, durante sua visita à Rússia, mencionou no Kremlin a opção de uma reunião trilateral entre Putin, Trump e o líder atual ucraniano, Vladimir Zelensky, mas o lado russo o deixou sem comentários, oferecendo-se para se concentrar na preparação da cúpula bilateral.
Putin disse na quinta-feira (7) que seu encontro com Zelensky é possível, mas que deve haver condições para tais negociações, que ainda estão longe de estar criadas. O próprio Zelensky disse que não faria concessões territoriais, alegando a Constituição da Ucrânia.
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