Internacional
Atos que pedem eleições antecipadas na Sérvia deixam quase 80 feridos, incluindo 16 policiais

Mais de 60 cidadãos e 16 policiais ficaram feridos durante distúrbios nesta quarta-feira (13) perto da sede do Partido Progressista Sérvio (SNS, na sigla em inglês), afirmou o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic. Manifestantes pedem a convocação de eleições antecipadas no país.
"Mais de 60 cidadãos ficaram feridos na Boulevard da Libertação, em Novi Sad. Agora estamos aumentando o efetivo policial e restabelecendo a paz e a ordem", disse Vučić em coletiva no Ministério do Interior.
Apesar da violência, os atos contam com baixo apoio, conforme o presidente: foram 3.084 manifestantes em Belgrado e arredores, e outros 1.695 em Novi Sad. "16 policiais ficaram feridos, dois deles em estado grave, ambos em Belgrado", acrescentou.
Os distúrbios também ocorreram em frente a sedes do SNS e nas ruas de Novi Sad, Belgrado, Lazarevac, Pancevo e Kraljevo. O ministro do Interior garantiu que todos os infratores serão detidos em até 48 horas e responsabilizados.
Os protestos começaram em frente aos escritórios do partido nas cidades de Vrbas e Bačka Palanka, com manifestantes pedindo eleições antecipadas.
O líder do SNS e ex-primeiro-ministro, Milos Vucevic, declarou que seus apoiadores não permitirão mais que manifestantes ataquem e irão reagir contra os agressores. Os protestos estudantis e da oposição começaram após o colapso de uma cobertura na estação ferroviária de Novi Sad, em novembro do ano passado, que deixou 16 mortos.
A Procuradoria para o Crime Organizado da Sérvia já prendeu 12 pessoas acusadas de provocarem o desabamento da cobertura da estação. Entre os detidos, está o ex-ministro da Construção e Infraestrutura, Tomislav Momirovic, e também autoridades e representantes de empreiteiras. Todos são acusados de causar prejuízo de US$ 115,5 milhões (R$ 622 milhões) ao orçamento sérvio na contratação da obra.
A mídia local classificou a ação da procuradoria e de parte da polícia como "uma tentativa de golpe sob ordens dos europeus". A presidente do Parlamento, Ana Brnabic, acusou a procuradoria de usar "métodos semelhantes aos da Gestapo" durante os interrogatórios.
Em 30 de dezembro de 2024, o Supremo Ministério Público de Novi Sad apresentou denúncia contra Goran Vesic e outras 12 pessoas pelo caso. O governo disponibilizou milhares de documentos sobre a reconstrução da estação. A liderança do país tem apelado ao diálogo com as forças de oposição, mas até agora sem resposta.
Por Sputinik Brasil
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