Política

Lula rebate EUA e diz que Brasil não desrespeita direitos humanos

Declaração é dada após divulgação de documento americano

Redação ANSA 13/08/2025
Lula rebate EUA e diz que Brasil não desrespeita direitos humanos
Lula durante cerimônia em Brasília - Foto: ANSA/EPA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (13) que "ninguém está desrespeitando direitos humanos" no Brasil, em resposta a um relatório dos Estados Unidos que alega que a esta situação no país se deteriorou.

A declaração foi dada durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília, no qual apresentou um pacote de medidas para auxiliar empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump.

"Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar", afirmou.

Ontem (12), o relatório anual do Departamento de Estado disse que "a situação dos direitos humanos no Brasil piorou ao longo do ano" sob a gestão de Lula.

"Agora, querer falar em direitos humanos no Brasil. Tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil", acrescentou o petista.

Lula garantiu que o Brasil tem um "poder judiciário autônomo", que está garantindo a Constituição, e enfatizou que nem o Poder Executivo nem o Congresso Nacional apresentam "incidência com relação ao julgamento que está acontecendo na Suprema Corte".

Em seu discurso, o presidente brasileiro também afirmou que manterá sua tentativa de negociar com o governo Trump para reverter o tarifaço.

"A gente vai continuar teimando em negociação porque nós gostamos de negociar. Nós não queremos conflito. Não quero conflito nem com Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os EUA. Agora a única coisa que precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável, ninguém dê palpite nas coisas que nós temos que fazer", declarou.

Por fim, Lula afirmou que não vai reagir com reciprocidade, porque prefere negociar. "Nós não queremos em um primeiro momento fazer nada que justifique piorar nossa relação", concluiu.