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Missão brasileira visita laboratório chinês de prevenção a desastres hídricos
Delegação do MIDR conhece tecnologias e projetos da Universidade Hohai, referência mundial em segurança hídrica e simulação de desastres

Pequim (China) - No terceiro dia da missão oficial à República Popular da China, a delegação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), visitou, nesta quarta-feira (13), o Laboratório Nacional de Defesa contra Desastres Hídricos da Universidade Hohai. A visita possibilitou que o governo brasileiro conhecesse de perto as tecnologias e as soluções aplicadas pela universidade na área de segurança hídrica, permitindo o diálogo sobre oportunidades de colaboração, intercâmbio técnico e pesquisa aplicada.
Comitiva do MIDR após reunião com o conselho acadêmicoEm reunião com o conselho acadêmico, a delegação brasileira conheceu projetos como modelos de barragens, sistemas inteligentes de gestão portuária e o Centro Nacional de Engenharia para Segurança de Projetos de Conservação de Água. “São experiências valiosas que podem inspirar soluções, com foco em eficiência energética, tecnologias de baixo carbono e melhoria da logística fluvial com sustentabilidade”, afirmou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “A promoção da resiliência territorial é uma prioridade do nosso ministério diante de desafios relacionados à gestão da água, à prevenção de desastres e ao desenvolvimento de soluções sustentáveis para territórios vulneráveis”, completou.
O Brasil enfrenta desafios significativos relacionados à gestão de recursos hídricos, à recuperação de solos degradados e ao fortalecimento da infraestrutura em áreas sensíveis às mudanças climáticas. Nesse contexto, a Universidade de Hohai firmou parcerias estratégicas, no âmbito do BRICS, com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA). Em relação à segunda instituição, a parceria estabeleceu a condução de pesquisas na área de restauração de solos no Brasil, formulação de novos fertilizantes orgânicos, e fortalecimento de terras agrícolas na região amazônica.
Na visita, a delegação conheceu o laboratório de simulação de desastres, que aplica tecnologias avançadas na demonstração de fenômenos naturais como ondas, terremotos e vendavais. As simulações permitem que o Estado chinês tenha grande capacidade de planejamento e antecipação para gerenciar riscos de desastres.
O ministro da Integração lembrou que a cooperação chinesa é de grande valia para inspirar os projetos de reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul, após as enchentes de 2024. “Com investimento em ciência e tecnologia, é possível definir melhor os projetos de intervenção, a exemplo do Rio Grande do Sul que está passando por uma ampla reconstrução”, observou.
Com essa iniciativa, o governo brasileiro reafirma seu compromisso com a segurança da população e o fortalecimento da resiliência diante dos impactos das mudanças climáticas, além de consolidar seu papel como protagonista nas articulações globais voltadas ao desenvolvimento sustentável.
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