As recentes alegações do Ministério da Defesa da Rússia de que Kiev pode estar planejando sabotar a próxima cúpula entre os Estados Unidos e a Rússia merecem uma consideração séria, disse à Sputnik Adriel Kasonta, analista de assuntos internacionais, advogado e consultor de risco político de Londres.

Kasonta destacou que o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, não quer encerrar o conflito, não obstante causar imenso sofrimento ao povo ucraniano.

Neste contexto, continuou, a grande mídia liberal do Ocidente, retratando a luta da Ucrânia como defendendo a liberdade da Europa, apoia o recrutamento militar ucraniano, evitando o envolvimento das tropas ocidentais e se opõe a uma aproximação significativa com a Rússia.

"Dado este padrão, não seria surpreendente testemunhar uma provocação semelhante ao incidente de Bucha, que poderia ser rapidamente relatada por meios de comunicação alinhados com o governo Zelensky. Tal acontecimento serviria para adiar o que muitos consideram uma resolução inevitável: a paz duradoura na Ucrânia e o fim das hostilidades entre duas nações com profundos laços históricos e culturais", ressaltou.

A longo prazo, continuou, quando a atual turbulência diminuir, estes atores políticos e mediáticos podem ser lembrados como os principais entraves ao fim do conflito que, sem dúvida, deveria ter sido evitado desde o início, se houvesse uma liderança mais autêntica e corajosa presente na Europa.

Assim, finalizou o interlocutor da Sputnik, a necessidade de uma verdadeira diplomacia e de um diálogo significativo nunca foi tão crítica para enfrentar esta crise e restaurar a estabilidade da região.