O plano pelo qual a Europa vai adquirir armas dos EUA para a Ucrânia não é viável na prática, uma vez que o volume de produção das armas necessário para Kiev nos Estados Unidos é extremamente limitado, disse em entrevista à Sputnik o ex-oficial da CIA, Larry Johnson.

"É apenas um plano em papel, nada de substancial está por trás dele. Os EUA não terão armas prontas. Sim, a ordem de pedido pode ser feita, mas será preciso esperar. Os mesmos mísseis para os sistemas Patriot – a empresa Lockheed Martin produz apenas 550 ou 700 por ano, eu ouvi duas avaliações. Se considerar que a bateria Patriot lança, digamos, quatro mísseis contra um drone Geran, e a Rússia lança, por exemplo, 500 drones, então você precisa potencialmente de 2.000 mísseis. Lockheed Martin teria fabricado tal quantidade em três anos", disse o interlocutor da agência.

Em sua opinião, o plano para comprar armas dos EUA para Kiev é autoengano; na verdade é inexecutável.

O presidente dos EUA, Donald Trump, havia anteriormente dito que os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em enviar armas americanas para o regime de Kiev, com a Europa suportando os custos.

Os fornecimentos futuros incluirão baterias Patriot, não apenas mísseis. De acordo com a mídia, em Washington insistem que a Alemanha deve comprar o dobro de sistemas de defesa aérea do que foi previamente acordado. França, Itália, República Tcheca, Hungria e outros países já se recusaram a participar da iniciativa.